5 de outubro de 2024 11:26 por Da Redação
Por Brasil 247
Na noite de ontem, o Brasil assistiu a um dos maiores crimes da história política brasileira: Pablo Marçal, ex-coach, ex-golpista e candidato desesperado para ganhar atenção no cenário eleitoral, divulgou um documento claramente falso para atacar Guilherme Boulos (PSOL). O laudo, que Marçal apresentou como evidência de um suposto episódio de internação de Boulos por uso de drogas, foi prontamente desmascarado. Mas o que choca não é apenas a ação criminosa de Marçal — é o fato de que parte da mídia trata esse ato vil como a divulgação de um “suposto laudo”, suavizando o que já está mais que evidente: uma falsificação grosseira e criminosa.
Ao empregar termos como “suposto” e “alegado” para falar de algo que já foi desmascarado como falso, a mídia se torna cúmplice. Quando uma ex-funcionária do médico citado no laudo vem a público e afirma categoricamente que a assinatura é falsa, não há mais espaço para relativizações. A própria clínica mencionada no documento, dirigida por um conhecido de Marçal com histórico de condenação por falsificação de documentos, já está no centro da suspeita. Como, diante disso, ainda há quem fale de “suposto laudo”? É um laudo criminoso, uma armação desesperada e mal executada. Qualquer outro tratamento não passa de leniência.
Ao tratar uma fraude eleitoral tão descarada com essa suavidade, a mídia dá combustível para o terreno fértil da desinformação. A tática de Marçal é conhecida: levantar suspeitas infundadas, jogar uma mentira na praça e esperar que o estrago esteja feito antes que a verdade consiga se impor. O simples fato de o documento estar circulando e sendo debatido já é, para ele, uma vitória parcial. E quando veículos de imprensa tratam essa mentira como algo a ser ponderado ou investigado, a engrenagem do crime eleitoral continua girando.
Neste caso, a ação necessária é clara. Marçal não apenas divulgou um documento falso — ele cometeu um crime eleitoral que, de acordo com as leis brasileiras, deve ser tratado com rigor. A falsificação de documentos e o uso de fake news com o objetivo de influenciar o processo eleitoral são ataques diretos à democracia, e a resposta deve ser proporcional. Marçal deve ser preso e sua candidatura, impugnada, como Boulos bem afirmou. Não se trata de uma mera briga política, mas de uma questão de justiça e de preservação da integridade das eleições.
A imprensa, que deveria ser a linha de defesa contra a mentira, não pode se colocar no papel de cúmplice. Ao suavizar a linguagem, a mídia legitima a dúvida e perpetua o ciclo de desinformação. É preciso chamar as coisas pelo que elas são. O laudo é falso, a assinatura é falsificada, e Pablo Marçal está cometendo um crime eleitoral. Tratar essa situação com qualquer outro termo que não “falsificação criminosa” é compactuar com a distorção dos fatos.
Neste momento, é essencial que a Justiça Eleitoral e a imprensa estejam alinhadas em um único objetivo: preservar a verdade e punir exemplarmente quem tenta distorcer os fatos para se beneficiar politicamente. A impunidade ou o tratamento brando a crimes eleitorais não apenas incentivam novos atos como também corroem a confiança da sociedade no processo democrático. Marçal, com sua estratégia rasteira, precisa ser responsabilizado. E a mídia, que ainda insiste em tratar suas ações com eufemismos, deve refletir seriamente sobre seu papel nessa história. Afinal, a desinformação não se espalha sozinha — ela precisa de veículos cúmplices para ganhar força.