19 de novembro de 2024 4:23 por Da Redação
A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã desta terça-feira (19), quatro militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, e um policial federal, suspeitos de envolvimento em uma trama golpista contra o resultado das eleições de 2022.
O plano incluía a execução do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que teriam sido monitorados pelos conspiradores.
Os militares presos são Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Além deles, o policial federal Wladimir Matos Soares também é alvo da operação. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização da ação e autorizou a quebra do sigilo da decisão que deu origem à operação da Polícia Federal.
Essas novas provas foram obtidas a partir da análise do material apreendido com militares alvo de operação em fevereiro deste ano, para apurar o caso do plano de golpe. O militar envolvido de mais alta patente é o general da reserva Mario Fernandes. Ele foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro e chegou a ocupar interinamente o comando da pasta, além de ter atuado no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) de março de 2023 a março de 2024.
O tenente-coronel Mauro Cid detalhou a conspiração na delação premiada à PF, conforme revelou o UOL em setembro de 2023.