Por Luís Nassif, do Jornal GGN
Vamos debulhar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Trimestral (PNADT), começando pelos dados gerais da População Economicamente Ativa (PEA) e da Força de Trabalho (FT). A PEA engloba todas as pessoas em idade de trabalho.
Comparando o 3º trimestre de 2024 com o 3º trimestre de 2023, constata-se:
- Houve um aumento de 0,8% na PEA e de 1,7% na FT. Significa que houve mais oportunidades de emprego do que de crescimento da PEA.
- Houve um crescimento de 3,2% na FT Ocupada (3,2 milhões de novos empregos) e uma queda de 15,8% na FT desocupada.
- Mesmo assim, a soma daqueles que estão fora da FT e desocupados chega a 41,6% da PEA e corresponde a 69,5% da FT.
O maior percentual de pessoas ocupadas está na faixa dos 25 aos 39 anos. O maior percentual de desocupados, na faixa de mais de 60 anos – cerca de 24,1% de desocupados ou fora da FT.
Demora em arrumar emprego
No 3º trimestre de 2924, 7 milhões de pessoas estavam atrás de emprego, contra 8,3 milhões no mesmo período do ano passado. 1,5 milhão estavam há dois anos ou mais atrás de emprego, contra 1,8 milhão no mesmo período do ano passado.
A Força de Trabalho por sexo
As mulheres continuam a ser as maiores sacrificadas no mercado de trabalho. No total, a PEA é composta por 48% de homens e 52% de mulheres. Mas, na FT há 56% homens e 44% mulheres. Fora da FT, são 65% de mulheres e 35% de homens.
Por grau de instrução
Apenas 26% da população semianalfabeta tem emprego, contra 80% dos que têm ensino superior.