O prefeito de Maceió, JHC (PL), enviou à Câmara de Vereadores um projeto que cria 1.215 novos cargos comissionados no apagar das luzes de sua primeira gestão. O projeto foi aprovado e acarretará um aumento de R$ 40 milhões anuais na folha de pagamento, com salário máximo de R$ 16 mil.
A aprovação do projeto ocorreu nos últimos dias de 2024, em uma manobra nos bastidores chamada de “casadinha”, logo após a apreciação do orçamento de 2025. O projeto que criou os novos cargos foi a moeda de troca que selou a eleição da Mesa Diretora da Câmara, com chapa única.
A saída do vereador Galba Netto da disputa ocorreu em razão desses compromissos. Os vereadores insatisfeitos com Galba desempenharam um papel decisivo. sinalizando apoio a Marcelo Palmeira. No entanto, a articulação do prefeito JHC e do vereador Chico Filho conseguiu isolar qualquer possibilidade de reação por parte de Marcelo Palmeira.
O custo da eleição de Chico Filho e da Mesa Diretora inicia com a aprovação de R$ 40 milhões em cargos comissionados no Poder Executivo. Os cargos da Mesa Diretora da Câmara têm valores bem maiores, que variam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, além das negociações das emendas parlamentares. Todos os itens tratados são da ordem de milhões de reais.
A parte referente às secretarias e autarquias municipais é um outro pacote que também entrou na formação do “consenso” da chapa única.
JHC justifica tudo
“Este projeto de lei apresenta aprimoramentos significativos na estrutura de cargos de provimento em comissão e funções gratificadas do Município de Maceió, com o objetivo de garantir maior eficiência e eficácia nos processos de gestão pública, visando proporcionar uma melhor alocação de recursos humanos e financeiros, assegurando que as diretrizes estratégicas do Município sejam efetivamente implementadas”, justifica o prefeito.
Maceió possui uma das administrações mais ineficientes entre as capitais do Brasil, mas, proporcionalmente, detém o maior número de cargos comissionados. Em 2025, as despesas serão elevadas em mais R$ 40 milhões.