3 de novembro de 2020 5:45 por Da Redação
É de estudantes alagoanos um dos projetos vencedores da Feira Brasileira de Iniciação Científica (Febic 2020), encerrada nesse fim de semana, durante cerimônia virtual. Com a proposta “Reutilização de Pneus para Construção de Pisos Táteis” (ROPE), os alunos da Escola Sesi Cambona Antônio Pedro Ferreira da Silva e Beatriz de Araújo Pulcino ganharam o primeiro lugar na categoria “Engenharias e suas Aplicações”.
Orientado pela professora de Geografia Andrea Souza, o trabalho ainda conquistou o Destaque em Sustentabilidade. A equipe também se credenciou para a FEMIC Jovem – Feira Mineira de Iniciação Científica, um dos eventos mais importantes do Brasil. “Estudantes da Iniciação Científica buscam solucionar problemáticas presentes no cotidiano de nossa sociedade. Assim, aprofundam-se em pesquisas e engajam-se em várias áreas do conhecimento. Isso é muito gratificante!”, disse Andrea.
O trabalho vencedor consiste no reaproveitamento de pneus inservíveis para a produção de pisos táteis, contribuindo para evitar o descarte deste material – que demora cerca de 600 anos para se decompor – na natureza. Ao mesmo tempo, garante mais acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão.
“Acessibilidade é algo que nunca vai parar de ser falado. Estamos sempre tentando incluir o máximo possível de pessoas, tenham elas alguma deficiência ou não, por que isso não deveria impedir que seu ir-e-vir seja feito com total segurança e facilidade. Isso unido a questão da sustentabilidade que vem ganhando cada vez mais voz ao redor do mundo mostra que projetos como esse precisam de visibilidade e de atenção, para que possamos continuar seguindo com ele”, disse a aluna Beatriz Pulcino.
Orgulho e emoção. Foi com esses sentimentos que a diretora da Escola Sesi Cambona, Alessandra Damacena, recebeu a notícia da premiação em uma feira que tem repercussão nacional e internacional. Segundo ela, é mais uma prova de que o modelo educacional da Rede Sesi Senai está no caminho certo.
Apesar da pandemia, a diretora ressalta que as escolas seguem produzindo, fazendo ciência e incentivando o processo de aprendizagem com os alunos. “Sempre entendemos a iniciação científica como um processo que estimula a criatividade, que instiga o aluno a buscar e a produzir conhecimento, através de questionamentos do que acontece no entorno dele. Então, ele pensa criticamente e se desenvolve de uma forma muito mais autônoma e consolidada”, afirmou.
O evento
A Febic, que nesta edição aconteceu de forma virtual e reuniu mais de 300 projetos de todo o Brasil, é promovida pelo Instituto Brasileiro de Iniciação Científica (IBIC), sediado em Jaraguá do Sul/Santa Catarina, em parceria com organizações públicas e privadas. O objetivo é incentivar o interesse pela pesquisa científica, além de promover a criatividade, o espírito inovador, o uso de novas tecnologias, o comportamento sustentável, o empreendedorismo e o conhecimento.
Fonte: Assessoria