13 de novembro de 2020 2:35 por Da Redação
Seja o objetivo prevenir ou tratar, quando se fala de diabetes o caminho a ser seguido é o mesmo: ter uma vida saudável. Neste 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, especialistas alertam para os riscos da doença que, só no Brasil, tem mais de 13 milhões de pessoas diagnósticas e vivendo com ela, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.
De acordo com a nutricionista da Clínica-Escola de Saúde da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió, Nina Santiago, para não ser diagnóstica com diabetes ou qualquer outra doença relacionada aos hábitos de vida, é preciso ter uma vida saudável. “A nossa alimentação tem que ser rica em alimentos naturais e pobre em alimentos industrializados. Os violões da diabetes do dia a dia são os doces em geral, os feitos em casa ou comprados no mercado”, pontua.
“Além disso, precisamos observar bem o consumo de carboidratos simples, que não são tão doces, mas que depois que consumimos se transformam em açúcar dentro do nosso organismo. Entre os carboidratos simples estão o pão branco, o macarrão, o arroz branco, entre outros. Todo alimento que é branco e existe a possiblidade de trocar pelo integral, troque, pois com os integrais a digestão do açúcar ocorre de forma mais lenta, sem prejudicar o pâncreas”, destaca Nina.
Existem dois tipos de diabetes. Abaixo, entenda as diferenças:
– Diabetes tipo 1:
Normalmente, o diabetes tipo 1 acomete pessoas mais jovens, mas não é exclusivo para essa faixa etária. É causado por uma deficiência no funcionamento do pâncreas, que é o órgão que produz a insulina, o homônimo que pega o açúcar que comemos e leva para dentro da célula, para que a gente utilize essa energia para a célula funcionar. Esse tipo de pessoa provavelmente vai depender da aplicação de insulina para sempre, por meio de injeção subcutânea.
O diabetes tipo 1 pode pode ser causado por diversos motivos, como a presença de alguma doença autoimune que destrua automaticamente as células do pâncreas ou por algum acidente ou câncer que resulte na retirada de parte do pâncreas, entre outras possibilidades.
– Diabetes tipo 2:
Esse é o tipo mais comum de diabetes. Na sociedade atual, as pessoas têm uma vida muito corrida e não têm tempo para se alimentar bem, ingerindo alimentos mais práticos. É aí que entram as comidas muito gordurosas, muito açúcar, o que faz com que o pâncreas trabalhe demais. Com essa situação, ao longo dos anos, nosso pâncreas fica sobrecarregado e toda vez que for ingerido algo que não é saudável, ele começa a liberar muita insulina, o que causa a chamada resistência à insulina.
Com isso, nossas células começam a não reconhecer mais a insulina ou têm dificuldade para reconhecer e se chega ao diagnóstico do diabetes tipo 2. Uma vez desenvolvida a doença, não tem cura, mas tem controle. O paciente pode ter uma boa qualidade de vida, deste que tenha cuidado com a alimentação, pratique exercício físico, tome a medicação da forma correta e tenha uma saúde mental em dia.
Vida saudável é regra geral
A Nutricionista Nina Santiago frisa que, todas as recomendações acima, voltadas aos pacientes com diabetes, são coisas que qualquer pessoa precisa fazer, independente de doença. “Por isso, o diabético pode ter uma vida tão boa como teria sem a doença, mesmo sendo um problema que o vai acompanhar pelo resto da vida”, afirma Santiago.
A nutricionista orienta a, sempre que puder, trocar o consumo de algum doce por uma fruta. “E se você sente muita vontade de comer doce é interessante procurar um profissional para investigar, pois esse desejo descontrolado pode ser sinal de diabetes surgindo. Além disso, existem outros vilões do diabetes, como o excesso de peso, o sedentarismo e o estresse. Ou seja, não é só cuidar da alimentação, tem que ter uma vida saudável”, diz a nutricionista da Clínica-Escola de Saúde da UNINASSAU Maceió.
A profissional destaca que a realidade de um diabético muda muito porque a população, de maneira geral, não tem uma alimentação saudável. Contudo, a rotina do diabético nada mais é do que uma alimentação saudável. “Nutricionalmente falando, não há nada que eu precise indicar somente para o diabético. A indicação é a mesma que para uma pessoa que não tem a doença: tirar do dia a dia alimentos que não são saudáveis, que devem ser evitados por qualquer pessoa”.
“O que deve ser evitado completamente é açúcar, ou seja, não podemos adoçar suco, chá ou café, por exemplo, com açúcar de mesa, e sim com adoçante. Mas, garanto que, a partir do momento que houver a mudança para uma vida saudável, vai ser ótimo e o paciente não vai sofrer muito, só precisa se acostumar”, fala.
Acompanhamento nutricional acessível
O acompanhamento nutricional para pessoas com diabetes é fundamental, pois existem muitos mitos sobre a doença. “Apesar de ser possível viver com diabetes com uma ótima qualidade de vida, trata-se de uma doença grave, então, se você não tiver o acompanhamento adequado, é possível desenvolver complicações graves, como cegueira, perda de membros e problemas de rins, por exemplo”, esclarece Nina Santiago, frisando que seguindo todas as recomendações profissionais o paciente pode ter uma qualidade de vida tão boa quanto a de alguém que não tenha diabetes.
Nina é preceptora de Nutrição da Clínica-Escola de Saúde da UNINASSAU Maceió. No local é ofertado atendimento de Nutrição Clínica à população. A clínica fica localizada no prédio da UNINASSAU Maceió, com acesso pela Rua José de Alencar, número 511, no bairro do Farol. É possível agendar os atendimentos e tirar dúvidas pelo número (82) 3036-2269.
Fonte: Assessoria