4 de dezembro de 2020 1:25 por Da Redação
O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) se manifesta contrário à volta às aulas presenciais na rede pública de Alagoas, anunciada para o início de 2021, na tarde dessa quinta-feira (3), pelo secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
No mesmo dia, a imprensa divulgou informações de que os números da pandemia voltaram a subir e que os hospitais já estão em alerta. Alguns suspenderam cirurgias eletivas por falta de vagas nas UTIs.
“Sem diálogo nenhum com a comunidade escolar, principalmente as trabalhadoras/es que serão expostas a um grande risco, o Governo de Alagoas demonstra descaso com a vida humana”, destaca nota da entidade.
“Estamos sofrendo muito com esse formato de aula online desde o início da pandemia, sabemos que há prejuízos para todos. Mas nada justifica que governantes coloquem milhares de famílias em risco de contaminação. As notícias são alarmantes, estamos vendo os hospitais lotando, a pandemia que tinha estabilizado voltando a subir de forma muito rápida. Serão feitas testagens em massa nos trabalhadores e estudantes? Não dá pra estar aglomerando pessoas em salas de aula sem fazer testagem”, criticou Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.
Ela disse que, esta semana, o Sinteal se reuniu com o Secretário de Estado da Educação e esse plano de retomada sequer foi mencionado.
Para pensar em um próximo ano letivo, o anúncio feito dessa forma pelo secretário de Saúde, e não pelo secretário da Educação, trouxe ainda mais dúvidas. “Como foi discutido o protocolo? Será viável do ponto de vista pedagógico o formato que a saúde pensou? Quais as condições reais nas escolas, na estrutura que temos? As pessoas receberão treinamento, ou vai ser como o ensino online, que cada trabalhador teve que se virar e tirar da própria estrutura para manter o trabalho?”, questionou Consuelo.
*Com assessoria