11 de dezembro de 2020 2:49 por Da Redação
A mais nova versão do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias traz uma ampliação da área afetada pela instabilidade de solo, inserindo mais 1.417 lotes no mapa como área de monitoramento e recomendando a realocação de outros 586 lotes.
O documento foi elaborado após estudos de campo, monitoramento de área e análise de dados feitos pela Defesa Civil de Maceió, junto com a Defesa Civil Nacional e com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Nesta sexta-feira (11), o Mapa será entregue, pela Prefeitura de Maceió, ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL).
A área ampliada, que passa a ter um monitoramento constante, foi inserida no mapa levando em consideração as evidências constatadas através de trabalho de campo com mapeamento de feições e de danos em edificações – danos estes semelhantes ao já mapeados no bairro do Pinheiro – e dos dados da interferometria (via satélite) que apontam movimentação de solo em evolução nestas regiões.
Ao todo, foram inseridos no Mapa 1.417 novos lotes dos bairros de Bebedouro (áreas do Flexal de Cima e Flexal de Baixo), Bom Parto e do Farol, em área de monitoramento.
Já a realocação de 586 lotes está concentrada em área já monitorada pelos órgãos de Defesa Civil, exceto seis lotes que se encontram no bairro do Farol. Os critérios para a recomendação de realocação são evolução do processo de subsidência, classificação de risco através de laudos da Junta Técnica e outros riscos associados, a exemplo do isolamento social.
A quantidade de imóveis nestas áreas é maior que o número apresentado, uma vez que os dados são estimados com base no geoprocessamento da Prefeitura de Maceió levando em consideração o número de lotes, havendo alterações em decorrência da existência de prédios, coabitações, conjugados e comércio informal na região.
Esta quarta versão do documento, que conta com o trabalho de técnicos da CPRM e Defesa Civil Nacional, envolveu também pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que estiveram em campo e em discussões com as equipes de monitoramento para definição das áreas.
“Nós estamos gerenciando o maior desastre em atividade no país e contamos com o suporte técnico da CPRM, da Defesa Civil Nacional e, a partir desta versão, com a colaboração de pesquisadores da UFPE, que estão prestando consultoria no monitoramento da área. O Mapa é dinâmico e não é definitivo, uma vez que até o momento o problema da subsidência não foi resolvido. Então, sempre que aparecerem novas evidências que relacione com o problema provocado pela atividade de mineração, o Mapa será atualizado identificando áreas e as linhas de ações prioritárias, sempre visando a salvaguarda da população”, destacou Dinário Lemos, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió.
*Com assessoria