13 de janeiro de 2021 10:41 por Geraldo de Majella
O bairro da Ponta Grossa, um dos mais tradicionais de Maceió, tem a mais popular lanchonete da cidade, o Pastel do Chico, instalada na rua Cabo Reis, 610, cujo proprietário e idealizador foi Francisco Correia dos Santos, nascido em Anadia (AL). Com 69 anos, ele morreu ontem (12) no Hospital da Mulher, de Covid-19.
Chico era casado com a paraibana Maria das Neves, tinha cinco filhos, doze netos e dois bisnetos. Por medidas de segurança, o cortejo sairá às 14 horas do Hospital da Mulher, no bairro do Poço, até o cemitério de São José, no Trapiche.
O Pastel do Chico tornou-se uma referência primeiro na Ponta Grossa e, com a divulgação boca a boca, passou a ser conhecido e comprado em toda a cidade. O bairro que ficou famoso pelas maratonas carnavalescas e pelo monumento que homenageia o Moleque Namorador, o mais famoso passista dos carnavais de Alagoas, nos últimos 27 anos passou a ser lembrado pelo Pastel do Chico.
O Chico era avesso a entrevistas e fotos, mas, a esposa Maria das Neves, sempre atenciosa, e claro uma das responsáveis pelo sucesso do pastel, com sorriso aberto, relata a história da microempresa familiar. “No começo não tinha pastel, só lanches. Um amigo da família ensinou a fazer o pastel, e pegou, tanto que os outros salgados desapareceram”, conta Maria das Neves.
O pastel do Chico é fofo, não é de vento, tem recheio de verdade e, o principal, não vem embebido no óleo. “O sucesso da receita é o amor”, argumenta Maria Neves. Mas ela revela alguns truques, um deles é a temperatura do óleo, deve permanecer normal, se estiver frio o pastel absorve o líquido, e muito e muito quente queima a massa. Outro detalhe, eles utilizam os mesmos produtos (farinha e margarina) e não mudam”, registrou a jornalista especialista em gastronomia, Nide Lins.