26 de janeiro de 2021 12:43 por Da Redação
Trabalhadores da Usina Sinimbú se reuniram em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT), na última quinta-feira (21), em Maceió, para reivindicar o pagamento de créditos trabalhistas que a empresa deixou de pagar antes de decretar recuperação judicial, há cinco anos. A quitação dos créditos está sendo tratada pela Justiça Comum Estadual, mas o MPT instaurou um procedimento de mediação para acompanhar o caso.
Durante audiência, o procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, se reuniu com uma comissão de trabalhadores, com um representante jurídico da usina e com integrantes do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, para explicar como ocorre a tramitação da Ação de Recuperação Judicial e discutir alternativas que diminuam os prejuízos causados aos empregados. Cerca de 800 trabalhadores da Usina Sinimbú foram demitidos no ano de 2016 e aguardam receber verbas rescisórias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), aproximadamente 7 meses de salários atrasados e outros encargos.
De acordo com Rafael Gazzaneo, o movimento realizado pelos trabalhadores já começou a surtir efeito desde a audiência anterior realizada no MPT, no dia 8 de janeiro, quando o Ministério Público do Trabalho defendeu a necessidade de uma reunião entre trabalhadores e a 4ª Vara da Capital, onde tramita o processo de recuperação judicial. De acordo com o advogado da usina, o Juízo da 4º Vara realizou reunião com o administrador judicial e com a presença do representante da empresa, com a finalidade de dar prosseguimento ao pagamento dos créditos trabalhista inscritos no Plano da Recuperação Judicial.
Advogado da usina fala em pagamentos
O advogado da Usina Sinimbú informou que o Juízo da 4ª Vara Cível da Capital autorizou a adoção de providências por parte da empresa para realizar mediações junto aos ex-trabalhadores, com o objetivo de firmar acordo para pagamento de créditos trabalhistas no valor máximo de R$ 22 mil. Segundo o representante da empresa, o referido valor encontra justificativa no valor máximo previsto no Plano de Recuperação Judicial relativo aos créditos trabalhistas.
Ainda segundo o representante da empresa, o Administrador Judicial requereu à Justiça Estadual que os valores decorrentes dos arrendamentos de bens da usina fossem depositados em juízo para futuro pagamento das dívidas existentes. Também foi solicitada autorização para que um representante do Administrador Judicial acompanhe as mediações a serem realizadas com os trabalhadores.
Uma nova audiência foi marcada na sede do MPT para o dia 9 de fevereiro, às 9h, com a presença da comissão de ex-trabalhadores da usina e com a participação do Administrador Judicial.
Fonte: Assessoria