3 de fevereiro de 2021 12:15 por Da Redação
A instalação de seis novos sismógrafos para monitorar o afundamento do solo nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol, em Maceió, será iniciada nesta quinta-feira (4). Depois de instalados, os equipamentos serão doados pela Braskem à Defesa Civil Municipal, segundo está previsto no Termo de Cooperação Técnica 2.
Atualmente, dez equipamentos semelhantes funcionam nos bairros afetados pela mineração de sal-gema e seguem fornecendo dados em tempo real. No entanto, eles foram instalados na superfície, enquanto os seis novos ficarão a 200 metros de profundidade, atendendo à recomendação técnica do órgão municipal.
O primeiro sismógrafo será instalado na região do antigo Jardim das Acácias, no Pinheiro, e o último, na Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, no bairro do Mutange. A instalação do último equipamento só deverá ser concluída em abril.
Confira os pontos de instalação dos seis sismógrafos:
- Região do antigo Jardim das Acácias (próximo ao Supermercado Pilar)
- Terreno ao lado do Hospital Sanatório
- Estacionamento da Igreja Batista
- Estacionamento da Ford Cycosa
- Lateral do campo de futebol do Cepa
- Região da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro (área da Braskem no Mutange)
Moradores e prefeitura discutem destino de cemitério e de animais abandonados
Ontem (2), uma comissão de moradores da região participou de reunião na Prefeitura de Maceió, em Jaraguá, onde ouviu do Gabinete de Gestão Integrada para Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) que a gestão está negociando, de forma avançada, as questões referentes ao Cemitério de Bebedouro e aos animais abandonados na região.
O coordenador do GGI dos Bairros, Ronnie Mota, disse que o município está empenhado numa mudança de postura referente à resolução dos problemas causados pela mineração de sal-gema. “Nós temos buscado não apenas os danos materiais, afinal de contas não se trata apenas de dano patrimonial. Há uma questão social, econômica, histórica e cultural da pessoas que moravam nessas regiões e das pessoas que empreendiam lá”, destacou.
Ele explicou que já houve uma reunião entre a Superintendência de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) e a Braskem para tratar do cemitério do bairro de Bebedouro, e que o município aguarda uma solução da mineradora. O coordenador disse ainda que oficiou a empresa para saber para onde os animais abandonados na região devem ser levados nos casos de resgate.
“Nós temos nos reunido com eles para buscar essas soluções. Essa questão da criação de um abrigo de animais pela Braskem foi firmada em dos acordos homologados pela justiça. Mas nós ainda não sabemos onde ele está funcionando”, esclareceu.
Indenizações
O secretário Municipal de Governo, Francisco Sales, que também participou da reunião, enfatizou disse que o município vem partindo para tomada de soluções e para cobrar da Braskem a agilidade dos pagamentos das indenizações e a identificação dos locais onde as famílias estabeleceram uma nova moradia, para que assim possa ofertar assistência com a instalação dos aparelhos públicos.
“A prefeitura não vai ficar na plateia assistindo toda essa situação, ela vai fazer parte cobrando essas soluções para os moradores”, completou Sales.
A reunião ocorreu com a presença de representantes da associação SOS Bebedouro e de moradores da região do Flexal (de Cima e de Baixo), além da Associação dos Empreendedores do Pinheiro, que participou da reunião acompanhado de empresários do bairro que tem seus empreendimentos fora do mapa da área de risco.