2 de março de 2021 9:55 por Nivaldo Mota
Nem bem acabou o campeonato brasileiro, antes mesmo de terminar a Copa do Brasil ou mesmo antes de terminar alguns estaduais, o de Goiás terminou sábado com a conquista do Atlético do bom treinador ( gosta de uma retranca, mas têm seus méritos) Marcelo Cabo, no domingo já se iniciou o campeonato de 2021.
Quer dizer, sem o mínimo de pré-temporada, os clubes ainda contabilizando às dívidas, rescisões contratuais, quem permanece, quem e quais jogadores a serem contratados, treinadores, etc., já começamos outro ou outros campeonatos sem dar tempo em respirar.
Quando se tem estrutura, como o Flamengo, por exemplo, deu férias ao seu plantel e a partir desta terça-feira dia 02 de março jogará o estadual, pelo menos no início da competição com um time praticamente da casa e contando com outros reforços que não vinham tendo oportunidades no time de cima.
Mas hoje isso é caso quase raro, a maioria dos clubes no Brasil é somente improviso, as imperfeições continuam a todo vapor. Os nossos clubes ainda não perceberam as armadilhas que eles mesmo fazem, uma delas é a própria existência das federações ou da própria CBF em organizar as competições.
Por exemplo, quem faz um campeonato são os clubes, os lucros deste ou daquele campeonato são provenientes da força do clube, das torcidas que proporcionam tais rendas e consequentemente os lucros.
Mas porque será que os clubes, sabedores de tudo isso não criam suas próprias ligas, estaduais e nacionais, organizam suas competições, o fechamento de pacotes de transmissão da TV seria muito maior, porque não teria intermediários como a CBF ou federações estaduais.
Mas os clubes preferem perder grana, se dizem profissionais, mas continuam amadores e emotivos demais, nada de que um pouco de racionalidade não possa mudar tal realidade nefasta.
Quando olharmos para dentro de nós mesmo e ao gostarmos tanto de futebol, percebemos que tudo não passa de santa obviedade, o problema é que o futebol é encantador, pelo menos já foi muito mais, vicia como qualquer coisa na vida e aí não desgrudamos.
Quem tem a minha faixa etária, acima dos 55, pergunte a qualquer um de nós amantes do futebol, mesmo com tantos jogos pela TV, como era bom ouvir e imaginar as jogadas pelas ondas do rádio, era ou não era sonhar como se estivesse a beira do gramado, como dizia aquele velho jargão do futebol.
Mas o problema é que antigamente, a vida toda, sempre fomos péssimos em organizar as competições, com calendários determinados, aquela coisa certinha, nunca fomos de fato organizados, muito por conta da tal emotividades motivadas pelas paixões clubistas de cada envolvido nas competições.
Mas tinha uma coisa que a gente se gabava, podemos ser desorganizados das quatro linhas pra fora, porque dentro de campo não tem para ninguém. Hoje eu acho que bagunçamos em tudo, difícil encontrar um craque, temos bons jogadores, sem ser saudosista e já sendo ao mesmo tempo, muitos que hoje são considerados craques não passariam de bons reservas para os times que eu vi jogar, erra é a realidade.
Mas temos esperança que tudo possa mudar, inclusive com do deus mercado, como um totem, adorados por muitos, não merece um vintém, mas em todo caso é bom pensarmos em sua derrubada para a felicidade geral da nação do futebol dos pés descalços!