26 de abril de 2021 6:44 por Da Redação
A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realiza, desta terça (27) até quinta-feira (29), o 2º Encontro de Pesquisa e Extensão da Feac.
A programação será marcada pelo minicurso “Revistando a Teoria Geral de J.M. Keynes, Parte I”, a ser ministrado pelos professores Luciana Caetano e Roberto Simiqueli. O evento será on-line, das 15h às 17h, na plataforma Google Meet. A sala pode ser acessada AQUI.
Programação:
Dia 27/04, Profª Luciana Caetano
Livro I – cap. 1 – A Teoria Geral
cap. 3 – O princípio da demanda efetiva.
28/04 Profº Roberto Simiqueli
Livro II – cap. 5 – A expectativa como elemento determinante do produto e do emprego.
cap. 12 – O estado de expectativa de longo prazo
29/04 Profª Luciana Caetano
Livro III – cap. 8- A propensão a consumir – os fatores objetivos.
cap. 9 – A propensão a consumir – os fatores subjetivos.
Resumo
A retomada do liberalismo econômico pelo centro dinâmico do capitalismo levou os países periféricos à sua reprodução em um ambiente que começava a experimentar os efeitos da desindustrialização antes mesmo de, no Brasil, ter alcançado a maturidade.
A periferia capitalista, a partir dos anos 1990, começa a implantar as orientações gestadas no Consenso de Whashington, sem questionamentos ou apego à soberania nacional. A desregulamentação dos mercados, a elevação do grau de abertura comercial, a flexibilização das relações de trabalho (precarização do trabalho) e desidratação do protagonismo do Estado foram apresentados, de forma equivocada, como um passaporte ao desenvolvimento, com uma política macroeconômica alicerçada no tripé neoliberal: juros elevados para controle de inflação, câmbio flexível e austeridade fiscal para assegurar superávit primário suficiente para honrar a dívida pública, preferencialmente, externa.
A crise financeira de 2008 revela a fragilidade desse sistema desprovido de regulação e fiscalização adequadas à preservação do equilíbrio de mercado. O efeito contaminação da crise de 2008 revelou a importância de se rever os princípios do liberalismo em um ambiente dominado por grandes corporações que se expandem por todo globo terrestre nos mais diversos setores. Sistema financeiro e sistema de comunicação são dominados por organizações que dominam o mundo inteiro e esse modelo de concentração patrimonial e de renda tem levado a um saldo de extrema pobreza que beira a desumanidade.
Poderes executivo, legislativo e judiciário das nações parecem cada vez mais subordinados aos grandes monopólios setoriais, notadamente, comunicação, armas, religião, agronegócio e mineração. O Estado abdicou de seu protagonismo, colocando-se a serviço de quem pode comprar decisões alinhadas com o projeto de manutenção da desigualdade econômica e social.
Nessa disputa de modelos econômicos e posições ideológicas, o capitalismo de Estado foi substituído pelo capitalismo de mercado com efeitos sobre concentração da riqueza e elevação da extrema pobreza, notadamente, nos países periféricos, menos competitivos e como posição desfavorável na divisão internacional do trabalho.