11 de julho de 2021 8:36 por Nivaldo Mota
Sobre o jogo final da Copa América, entre Argentina x Brasil, com a Argentina campeã, premiando o menos ruim, não tenho o que falar, pois não assisti, confesso que o sono foi mais forte, embora o desejo de ver um jogo assim, com este tipo de lógica que impera no futebol eu não tenho mais!
Ainda fico mais interessado quando assisto jogos daqui do meu futebol, alagoano, com o meu time do coração, o CRB, de resto, assisto quando estou com muita disposição.
Mas vou dizer uma coisa, na Europa os caras tão voando, a Eurocopa mostrou isso, com esse nosso futebolzinho, sei não!
Mas voltando a final da Copa América, antes deste jogo surgiu a polêmica principal, aquela que por incrível que pareça foi a discussão que tivemos nas ruas, bares, trabalho, o torcedor brasileiro ( muitos pelo Brasil afora).
Muitos dizendo que torceriam pela Argentina, do que eu li por aí, a galera argumentava que esta Seleção não representa o povo brasileiro, a maioria dos convocados jogam fora do país, não criam uma identificação com o seu torcedor e ainda tem a figura Neymar, que é craque de bola, mas que precisa definir se é jogador de futebol de fato ou apenas quer aparecer em colunas sociais.
Mas vou dizer uma coisa, esta não identificação tem a ver com o afastamento dentro do país mesmo, quando a corrupta CBF, de forma intencional afastou o torcedor raiz dos jogos da “Seleção Brasileira”.
Como assim, tirou o torcedor raiz, muito simples, aumentando os preços dos ingressos dos jogos da “Seleção”, aquele torcedor que catava latinhas, o cara que labuta, que ganha o salário de fome, que é o salário mínimo, ficou difícil assistir a qualquer jogo no Brasil, imagine o da “Seleção”, um ingresso representa cerca de 40% do orçamento do torcedor, o cara não vai, prefere a TV, juntar os amigos e tomar umas.
Quem vai ocupando os estádios em jogos da “Seleção”, os torcedores de eventos, não mais aquele torcedor fiel, que veste camisa de camelô. Agora quem vai frequentar são torcedores de grife, nada a ver com o verdadeiro torcedor, aquele rato de estádio acabou, agora é um torcedor “modinha”, que nem sabe incentivar um time, imagine uma Seleção, ainda mais a brasileira.
Outro fator importante é este êxodo dos nossos jogadores, uma parte dos que são convocados pelo treinador de plantão, vemos que não tem condições de vestir a camisa sagrada, a amarelinba, tão banalizada nos últimos anos, hoje em dia tem até movimento pedindo uma nova cor para a camisa da Seleção, com justa razão!
Mas então, com uma seleção que tem o dedo importante do empresário, que cuidou da vida do menino, que passou tão rápido na base de qualquer clube no Brasil e já vemos despontar em algum clube europeu, times de ponta, não qualquer time!
Mas e o futebol jogado por esses caras, não são tão craques assim, tirando o Neymar, que é um craque, mas vive mais nas colunas sociais do que em páginas esportivas, embora a vida pessoal dele não interesse a ninguém, mas quando o seu rendimento na seleção não é objetivo, aí o vem todos os questionamentos possíveis.
Mas quem já teve ídolos no futebol como Pelé, Mané Garrincha, Rivelino, Zico, Falcão, dar uma angústia danada, com esse esses caras aí, é disso para pior.
Do jeito que estamos jogando, com a nossa Seleção, não passamos da primeira fase de uma Copa do Mundo. Antigamente, para se preparar para uma Copa do Mundo, a nossa Seleção jogava amistosos com as seleções de ponta da Europa. Eram jogos aqui no Brasil e aquelas famosas excursões, quando prioritariamente jogávamos contra uma Inglaterra, Alemanha, França ou Itália.
Hoje, jogamos contra Zâmbia, Tanzânia, Albânia, Malta, estes jogos muitas vezes do outro lado do mundo, distante demais do povo, com jogadores que ele não ver jogar, em jogos para enriquecer os Caboclos da vida, enquanto isso, em matéria de Seleção, o brasileiro vai ficando na orfandade!
Se hoje, nesta final, juntou-se tudo, a raiva do brasileiro com este (des)governo, que se apropriou da camisa amarela, rotulando o seu uso a coisa imbecilizada, a boçalidade do craque Neymar, ao péssimo futebol ( não é de hoje), a falta de identificação, sinais dos tempos, a galera para dar a resposta ao genocida, aos corruptos que tirariam proveitos políticos se o Brasil fosse o campeão, eu ouvi até fogos no gol ( e que belo gol), da Argentina!