16 de julho de 2021 6:27 por Mácleim Carneiro
O mundo contemporâneo, sobretudo nos tempos atuais, com essa catástrofe epidêmica que se abateu indiscriminadamente, mas de efeitos socialmente relativados, parece retroceder ao descuidar dos valores básicos ao bem-estar da humanidade. Assim, o carinho deixa de ser importante e a solidariedade não se faz frequente. A fraternidade parece coisa do passado e o amor ao próximo torna-se quase um desconhecido da era moderna. De tal forma que a paz entre os povos e entre nós parece ser sempre ameaçada e frágil, quando deveria ser um agasalho protetor.
Se perdermos o olhar atento aos sentimentos puros de sublimação espiritual, então, para onde caminhar e o que fazer para que a nossa consciência e particularidade imaterial contribuam e tenham o efeito borboleta que sabemos ser, para projetarmos a partir de nós, da nossa paz interior, uma paz planetária?
Gosto da metáfora da água, como instrumento de transformação, pois a água fertiliza, lava, leva e purifica. É espelho e também contemplação. Reflete e propaga nossa imagem e pensamentos e não se deixa aprisionar pelas mãos nuas. Tem volume, quando carece de força; tem leveza, quando é banhar. Façamos, pois, como as águas livres de represas, que chegam à imensidão do mar em comunhão com o universo. Cada gota é imprescindível e tem uma força imensa de transformação, posto que unidas pelo mesmo propósito criam outra dimensão.
No +,MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!!
2 Comentários
Boa reflexão… a água como inspiração….O Guilherme Arantes fez uma linda canção (Planeta Água)….
Me remeteu a esse grande poeta…. (Cruz e Sousa) Sorriso Interior
O ser que é ser e que jamais vacila
Nas guerras imortais entra sem susto,
Leva consigo este brasão augusto
Do grande amor, da grande fé tranquila.
Os abismos carnais da triste argila
Ele os vence sem ânsias e sem custo…
Fica sereno, num sorriso justo,
Enquanto tudo em derredor oscila.
Ondas interiores de grandeza
Dão-lhe esta glória em frente à Natureza,
Esse esplendor, todo esse largo eflúvio.
O ser que é ser transforma tudo em flores…
E para ironizar as próprias dores
Canta por entre as águas do Dilúvio!
Cruz e Sousa buscou os recônditos da alma humana, tentando expressá-la em sua poesia, que tem um grande apelo espiritual e místico.
Meu parceiro querido, belo poema esse.
A poesia dos grandes poetas está para a vida assim como esta a filosofia dos grandes filósofos.
Grande abraço e, no +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???