quinta-feira 19 de setembro de 2024

Lula é o maior articulador para derrotar o autoritarismo

A eleição de 2022 exigirá muito mais capacidade de estabelecer pactos e consensos em torno de questões centrais como a defesa da democracia que tem sido torpedeada pelo presidente Jair Bolsonaro

21 de setembro de 2021 2:54 por Da Redação

O ex-presidente Lula em meio a uma multidão | Ricardo Stuckert

Lula é a maior liderança política do Brasil, este fato não se contesta. O que é contestada ou combatida é a possibilidade, cada vez mais próxima, do ex-líder operário ganhar a eleição de 2022. Outro dado de realidade é que o PT é o mais influente partido brasileiro.

A organização de um partido de esquerda com múltiplas tendências e que disputam o poder interno é, vista com a distância necessária, uma engenhosa obra de tolerância e equilíbrio político. Esse modelo de construção política, para uns, é sinal de falta de comando no limite de coesão da unidade interna.

Os políticos formados nos partidos tradicionais têm dificuldade para entender o PT e, muito menos, como ele se relaciona com as organizações sociais – o seu principal capital político.

Lula, o PT e os partidos aliados perderam três eleições presidenciais, a de 1989, 1994 e 1998. Somente em 2002, venceu no segundo turno o tucano José Serra. Em 2006, foi reeleito e, em 2010, Dilma Rousseff é eleita e reeleita em 2014. Em 2016, foi vítima de um golpe jurídico-político, por meio de um processo fraudulento de impeachment.

Trajetória única

Essa trajetória é única na História brasileira. Goste ou não, Lula deixou a presidência com 87% de popularidade, deixou o governo com US$ 400 bilhões de reservas e inúmeros recordes em programas sociais.

Os setores conservadores, empresários, políticos e militares, que viam Lula, o PT e os partidos aliados como uma ameaça à propriedade privada, ao agronegócio e ao mercado financeiro não demoraram e estabeleceram relações políticas como poucos presidentes mantiveram.

As relações estabelecidas e pactuadas entre o governo Lula e os empresários do agronegócio teve como símbolo os ministérios da Agricultura e da Reforma Agrária. O primeiro teve o foco no agronegócio e o segundo na agricultura familiar e nas relações com os movimentos sociais e a Confederação Nacional da Agricultura (Contag).

Conflitos agrários

A compreensão do papel de cada um dos setores para a economia e estabelecer o distensionamento dos conflitos no campo é, inegavelmente, uma obra de engenharia política que só é possível realizar quando os interlocutores têm credibilidade.

A eleição de 2022 exigirá muito mais capacidade de estabelecer pactos e consensos em torno de questões centrais como a defesa da democracia que tem sido torpedeada pelo presidente Jair Bolsonaro. E não haverá consenso possível para se construir uma candidatura, mesmo sendo o Lula, sem aberturas maiores que as realizadas em 2002.

Lula é a maior força, hoje, para derrotar Bolsonaro | Divulgação

Alianças

Esse será o maior e decisivo dos compromissos a serem firmados entre a esquerda, liderada pelo PT, os aliados tradicionais do campo de esquerda com as forças políticas regionais e nacionais do centro, centro-direita e centro-esquerda.

Não será fácil e, talvez, não haja consenso, no primeiro momento, mas será obrigatório trilhar esse caminho pedregoso para que seja derrotado o autoritarismo, as ameaças de golpe e cessar o torpedeamento da democracia. Esse respiro será o oxigênio que não poderá faltar por incompreensão ou leitura equivocada da conjuntura política nacional.

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