13 de outubro de 2021 12:49 por Da Redação
Os sindicatos que representam os professores e os demais trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) lançaram nota de repúdio contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), a quem acusam de perseguição e de tentar retaliar dirigentes sindicais.
Lira não teria gostado de ter sido questionado por servidores públicos sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), no último dia 29 de setembro, durante uma coletiva de imprensa.
O deputado, então, acionou a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados para enviar uma notificação extrajudicial aos servidores Eurico Júnior (diretor do Sintietfal) e Rafaella Florêncio (diretora do Sindsifce), que participavam da jornada de lutas em Brasília.
Na nota, em que se solidarizam com os sindicalistas, as entidades afirmam que Lira “não aceita ser contrariado e, muito menos, ter o seu espaço de atuação confrontado”.
Leia na íntegra:
O Sindicato dos Trabalhadores na Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) e a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) manifestam, inicialmente, sua irrestrita solidariedade aos servidores públicos Eurico Júnior (diretor do Sintietfal) e Rafaella Florêncio (diretora do Sindsifce) e, ao mesmo tempo, demonstram seu mais veemente repúdio ao ato do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), que não aceitou ser interpelado pelos citados servidores sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), no último dia 29 de setembro, durante uma coletiva de imprensa.
O deputado federal por Alagoas usou como represália os serviços da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados para enviar uma notificação extrajudicial aos dois dirigentes sindicais, que estavam em Brasília lutando contra a PEC 32/2020 e em defesa do serviço público, gratuito e de qualidade. Percebe-se, diante dessa investida, que o citado parlamentar não aceita ser contrariado e, muito menos, ter o seu espaço de atuação confrontado. O ato do presidente da Câmara revela também o quanto o debate sobre os direitos constitucionais de liberdade de opinião, de expressão e de organização sindical precisam estar sempre em evidência.
Diante do exposto, e considerando também a necessidade de unificação da luta em defesa do serviço público, dos servidores públicos e de melhores dias para o povo brasileiro, conclamamos as categorias dos servidores públicos a se unirem ainda mais em ações contra a PEC 32/2020 e contra qualquer tipo de arbitrariedade promovida por aqueles que são, simplesmente, empregados do povo brasileiro e precisam ter consciência do seu papel diante da nossa vigente democracia.