3 de novembro de 2021 1:20 por Da Redação
Um recém-nascido ou criança com lábio leporino (separação do lábio superior, logo abaixo do nariz), um problema normalmente associado à fenda palatina (uma abertura no chamado céu boca), tem dificuldades para comer, falar e ser alfabetizado. Em Alagoas há um grande número de crianças afetadas e, por isso, o governo do estado resolveu iniciar um programa para zerar a lista das que estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), esperando por uma cirurgia plástica de correção.
Idealizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o programa está em fase de detalhamento. Segundo o secretário, Alexandre Ayres, que divulgou o fato nessa terça-feira, 2, por meio de suas redes sociais, após a cirurgia todas as crianças terão acompanhamento multidisciplinar.
Além das avaliações pós-cirúrgica, o bebê ou criança precisa de tratamento com a fonoaudióloga e atenção psicossocial, para enfrentar um problema que, na maioria das vezes, só é descoberto no nascimento, trazendo à família medo e muitas dúvidas. A orientação dos especialistas é que os pais mantenham a calma, pois as fissuras são corrigíveis, e a criança poderá levar uma vida normal, como qualquer outra.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, a cada 650 crianças nascidas, uma apresenta o problema. Já no Brasil, dois de cada mil bebês enfrentam a anomalia.
De acordo com Alexandre Ayres, as cirurgias serão realizadas, inicialmente, no Hospital da Mulher (HM), em Maceió. Já em 2022, os procedimentos cirúrgicos passarão a ser realizados no Hospital da Criança, que está em fase de construção, também na capital.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), divulgada em 2013, revelou que Maceió era a capital brasileira com maior incidência de casos.
Fumar, ingerir bebidas alcoólicas ou outras drogas durante a gestação pode aumentar o risco de ter um bebê com lábio leporino ou fenda palatina, com maior risco de ter um segundo filho com esse defeito congênito.
Com Assessoria