16 de novembro de 2021 12:06 por Da Redação
Após quase uma década de martírio, familiares da jovem Roberta Dias conseguiram sepultá-la nesta terça-feira, 16, no jazigo da família em Piaçabuçu, no sul de Alagoas. A jovem, que estava grávida de três meses ao desaparecer, foi assassinada em 2012 e sua ossada somente foi encontrada em abril deste ano, numa área entre o Pontal do Peba, em Piaçabuçu, e o município de Feliz Deserto.
O funeral aconteceu no velatório da Funerária Santa Luzia, em Penedo, antes de seguir para Piaçabuçu, sob pedidos de justiça. “Mesmo depois de nove anos a dor que eu sinto é a mesma daquela do dia em que ela desapareceu com meu netinho na barriga. É muito triste dar adeus a quem amamos e ainda mais assim, nessas circunstâncias. Que minha filha e meu neto possam descansar em paz e que a Justiça seja feita”, declarou a mãe de Roberta, Mônica Costa Reis, ao portal Aqui Acontece.
O caso
A principal suspeita na morte de Roberta Dias é Mary Jane Araújo Santos, mãe de Saulo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta estava esperando. De acordo com as investigações do Ministério Púbico, Mary Jane seria “a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. A motivação seria a “gravidez indesejada”.
Em um diálogo divulgado pela Polícia Federal, um amigo de Saulo, Karlo Bruno, confessou que cometeu o crime porque queria ajudar o amigo que, segundo ele, estava temendo a reação do pai ao saber que seria avô. De acordo com a voz na ligação, Roberta foi sequestrada e levada para um local ermo. Enquanto Saulo a segurava, a vítima era enforcada com um fio por Karlo Bruno.
Roberta foi enterrada em cova rasa e descoberta nove anos depois. A identificação foi confirmada após exame de DNA e o sepultamento foi autorizado pela Justiça.
Apenas Mary e Karlo são réus no processo. Ainda não há data para novos depoimentos os acusados, que respondem pelo crime em liberdade.