29 de janeiro de 2022 12:11 por Da Redação
O calendário eleitoral se aproxima, nomes são ventilados como possíveis candidatos para disputar o governo estadual e a única vaga para o Senado, mas, as articulações vêm sendo realizadas nos bastidores faz tempo. As possibilidades de alianças em Alagoas dependem de como serão feitas no âmbito nacional.
A Federação de Partidos é, para uns, o melhor encaminhamento, porém, tem outros candidatos que poderão perder com esse novo formato que obriga os partidos federados a uma convivência de quatro anos.
Mesmo com todas as dúvidas e receios, os pré-candidatos não se interessam em discutir “o tempo presente” e o “futuro” se, eventualmente, vencerem as eleições. As propostas vão aparecer, já que todos os candidatos são obrigados a apresentar um plano de governo no momento em que for registrar a candidatura homologada pela convenção do partido ou da federação. Esse é o rito burocrático, ninguém fugirá dele.
A indigência intelectual dos candidatos é o que transparece, associada ao uso da influência na estrutura burocrática do Estado. A utilização dos mecanismos estatais é determinante para criar ou aumentar a musculatura, sendo um “anabolizante” para certas candidaturas.
A palavra mais utilizada nos últimos dois anos tem sido emenda parlamentar, principalmente, as que têm origem no Orçamento Secreto. Esse tem sido o novíssimo mecanismo de apropriação ou expropriação do erário, com ar de legalidade. Esse escárnio foi explicitado pela imprensa, mas, falta quem traduza esse mecanismo em linguagem clara e compreensível para a sociedade, mostrando os seus caminhos e atalhos.
Alagoas disputa os piores indicadores sociais, mas, no momento em que o Orçamento Secreto é destinado a máquinas de terraplanagem. Os tratores e os calçamentos são anunciados aos montes e os desavisados logo pensam que estão vendo o anúncio de uma feira de equipamentos.
Não se pode afirmar que o debate esta sendo interditado. Simplesmente, não há debate, não há ideias para disputar em Alagoas. O que se apresenta, com força, são os vendedores de máquinas e calceteiros, sem demérito aos calceteiros, que são trabalhadores com longa tradição em nosso país.
O que será de Alagoas? Ninguém sabe ainda
Os parlamentares federais que pretendem disputar o governo têm a obrigação de anunciar de onde estão trazendo tanto dinheiro com o nome fantasia de Emenda Parlamentar. O que os candidatos sabem e pretendem apresentar como proposta para governar Alagoas ninguém ouve falar e nem se sabe ao certo se ouvirá. E, também, quem abraçará Bolsonaro.
Abraçar cachorro, se deixar filmar em danças infantilizadas faz parte do reality show, o importante é que tenha “conteúdo” para postar no Tik Tok e, desta maneira, ganhar “likes”, a palavra mágica do novo tempo.
O que será de Alagoas com esses tipos de candidatos? Essa pergunta cada um pode fazer e responder no dia 2 de outubro.