sexta-feira 20 de setembro de 2024

Após destruir região inteira, Braskem continua “intocável”, denuncia o deputado Ronaldo Medeiros

Parlamentares discutem situação de comunidade que ficou ilhada após evacuação de bairros afetados pelo afundamento do solo
Ronaldo Medeiros voltar a cobrar respeito da Braskem aos moradores do Pinheiro e região

Durante a sessão dessa quinta-feira (17), na Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Ronaldo Medeiros (MDB) afirmou que a Braskem, além de ter destruído uma região inteira com a mineração de sal-gema por décadas, continua intocável.

“A empresa acabou com laços familiares, com a história e com milhares de negócios que existiam ali. Ela negocia quando quer, paga quando quer e quem não aceitar que aguarde. Essa é a Braskem, uma empresa que tanto mal vem fazendo a uma parcela considerável dos maceioenses e ao meio ambiente”, afirmou.

Medeiros se manifestou após o deputado Dudu Ronalsa (PSDB) ter lamentado a situação dos moradores do Flexal de Cima e Flexal de Baixo, em Bebedouro. As comunidades ficaram ilhadas após a evacuação dos bairros que sofrem com afundamento do solo causado pela Braskem – Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol.

Os Flexais não foram incluídos no plano de compensação financeira e locacional. “É triste a situação destas pessoas que moram numa localidade sem farmácia, posto de saúde ou qualquer infraestrutura. Sem contar que parte dos imóveis apresenta rachaduras, assim como naqueles que foram esvaziados’, disse Ronalsa.

Segundo ele, a situação gera grande insegurança aos moradores. “A maior parte do comércio próximo fechou e até o acesso ao transporte público tem sido difícil. Pedimos que o Ministério Público e o Judiciário olhem para aquelas pessoas, e que possam fazer um plano, junto com a Braskem, para retirá-las. Aquela região não oferece mais nenhuma condição de moradia”, destacou.

Também em aparte, o deputado Léo Loureiro (PP) defendeu, mesmo não concordando com parte dos termos, que o acordo firmado pela Braskem, Ministério Público e Poder Judiciário seja cumprido. “Uma parte do acordo foi paga, é preciso que o restante também seja honrado. O que não pode é desfazer o que já foi homologado, o que não pode é a população ser penalizada”, concluiu.

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