12 de março de 2022 9:22 por Da Redação
Os pretensos candidatos a cargos eletivos, principalmente, os majoritários, têm feito pesquisas para saber como os pré-candidatos a presidência da República influenciam o eleitor na escolha dos candidatos a governador, deputados federais e estaduais. São pesquisas de consumo interno, úteis para nortear discursos e outras manifestações públicas, ou para definir com quem fechar acordo.
Um dos fatos revelados por essas pesquisas é que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é o principal cabo eleitoral em Alagoas. Sim, saibam todos, Lula é o político com mais capacidade de transferir votos a um candidato, ou seja, de influenciar o eleitor.
Não é à toa, por exemplo, a disposição do deputado Paulo Dantas (MDB), virtual candidato ao governo, em estreitar contatos com o líder nas pesquisas para a Presidência da República e com os as lideranças do PT de Alagoas.
Em janeiro último, Dantas se reuniu com o ex-presidente do Partido, José Dirceu, que estava de férias em Maceió, curtindo a praia de Ipioca. Maior liderança petista do estado, o deputado federal Paulão participou da conversa.
De olho no apoio do ex-presidente Lula, para quem já declarou o seu voto nas eleições presidenciais, Dantas espera se valer desse favoritismo e, ao mesmo tempo, encontrar meios de unir forças adversas, aí incluído o deputado federal bolsonarista, Arthur Pereira de Lira (PP).
Seja como for, a verdade é que a força de Lula está na pauta de todos os candidatos em Alagoas, especialmente dos que avaliam como positiva a estreita relação do governador Renan Filho e de seu pai, senador Renan Calheiros, com o presidenciável petista.
Uma aproximação que pode ajudar Paulo Dantas a manter o vínculo com seu guru político, deputado estadual Marcelo Victor (DEM/UB), responsável por fazê-lo governador-tampão, no caso, provável, de Renan Filho afastar-se para candidatar-se ao Senado.
O dia D é 1º de Abril. Não por ser o dia consagrado à mentira, mas por ser a data fatal para o governador se desincompatibilizar do cargo.
Seja como for, a dianteira que a candidatura de Lula impõe a de Bolsonaro em Alagoas é o fiel de uma balança que, num lado opõe aliados, e no outro reúne adversários.