sábado 21 de setembro de 2024

Yanomami sob ataque!

Novo relatório da Hutukara Associação Yanomami traz dados, imagens aéreas e relatos do inferno provocado pela invasão do garimpo ilegal

12 de abril de 2022 11:11 por Da Redação

Por Instituto Socioambiental

Hutukara Associação Yanomami lançou ontem (11) o relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo” — um panorama do avanço da destruição garimpeira na maior terra indígena do país.

Devastação deixada pelo garimpo no Rio Uraricoera, Terra Indígena Yanomami | Bruno Kelly/HAY
Alto Catrimani, uma das regiões mais afetadas pela exploração garimpeira na Terra Yanomami | Bruno Kelly/HAY
Aeronaves e helicópteros na pista do Jeremias, Homoxi, Terra Indígena Yanomami|Bruno Kelly/HAY

Registros aéreos feitos pela Hutukara para o relatório, no final de janeiro de 2022, mostram também a proximidade cada vez maior do garimpo das comunidades indígenas, além de cicatrizes imensas na floresta, poluição dos rios e o flagrante de aeronaves, helicópteros e outros equipamentos de altíssimo valor usados na atividade ilegal.

“O governo precisa avaliar suas ações, pois muitas operações de combate ao garimpo não surtiram efeito. Esse documento mostra a realidade que estamos vivendo e suas consequências, de muita violência e vulnerabilidade. O meu povo está sofrendo. Pedimos o apoio da população para se unir ao nosso grito de socorro para a retirada imediata dos garimpeiros do nosso território”, convocou Dario Kopenawa.

O documento finaliza com uma série de recomendações ao Poder Público e destaca que o garimpo não é um problema sem solução, mas demanda vontade política para garantir uma atuação eficiente e coordenada do Estado e a articulação entre os órgãos e agentes responsáveis.

Crateras abertas pelo garimpo ilegal em Homoxi, uma das comunidades indígenas mais assediadas|Bruno Kelly/HAY
  • Aumento do preço do ouro no mercado internacional
  • Falta de transparência na cadeia produtiva do ouro e falhas regulatórias que permitem fraudes na declaração de origem do metal extraído ilegalmente
  • Fragilização das políticas ambientais e de proteção a direitos dos povos indígenas e, consequentemente, da fiscalização regular e coordenada da atividade ilícita em Terras Indígenas
  • Agravamento da crise econômica e do desemprego no país, produzindo uma massa de mão de obra barata a ser explorada em condições de alta precariedade e periculosidade
  • Inovações técnicas e organizacionais que permitem às estruturas do garimpo ilegal se comunicar e se locomoverem com muito mais agilidade
  • A política do atual governo de insistente incentivo e apoio à atividade apesar do seu caráter ilegal, produzindo assim a expectativa de regularização da prática
Pista de pouso clandestina ao lado de cratera aberta pelo garimpo em Kayanau|Bruno Kelly/HAY

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