Os servidores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) entram em greve a partir desta segunda-feira (23), por tempo indeterminado, em adesão à greve nacional. Sem reajuste há mais de cinco anos, docentes e técnicos administrativos reivindicam recomposição salarial de 19,99% e a defesa da educação e do serviço público, ameaçados pela Reforma Administrativa, pelos sucessivos cortes no orçamento e pela Emenda Constitucional nº 95.
A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária, realizada de maneira virtual na última quinta-feira (19).
Além das reivindicações nacionais, a categoria aprovou a pauta local da defesa das 30 horas para todos os TAEs, que atendem aos requisitos do decreto 1.590/95, e a realização de exames médicos periódicos pelo Ifal, conforme determinado pela lei 8.112/90.
“Estamos em estado de greve há mais de um mês, tivemos várias assembleias de lá para cá, que decidiram manter o estado de greve, mesmo com uma boa parte dos colegas já apontando a disposição para aderir à greve imediatamente. O movimento vem ganhando corpo nas duas últimas semanas. Nesse contexto, os servidores e as servidoras do Ifal foram à assembleia para dizer, em alto e bom som, que não aguentavam mais esperar, que o momento da greve é agora”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), Yuri Buarque.
Um comando estadual de greve foi eleito com a responsabilidade de visitar os campi e a reitoria, junto à diretoria do Sintietfal, para realizar assembleias municipais e reuniões com os servidores para ampliar o debate sobre a adesão à greve.