2 de junho de 2022 11:27 por Da Redação
Mais que boatos, a divulgação de uma suposta ameaça de atentado na Escola SEB/COC, no bairro da Ponta Verde, em Maceió, gerou graves danos emocionais a uma aluna e a sua família. A denúncia já foi levada à Polícia Civil e os pais estão buscando orientação de advogados para proteger a filha, vítima de bullying, segundo a mãe, desde que ingressou no COC.
Num áudio, que circula em toda Maceió, com milhares de compartilhamentos, a mãe acusa alunos e pais de ameaçarem sua filha, de 13 anos. “Perseguida por alunos, minha filha levou um tapa no rosto dentro da sala de aula”, denuncia a mãe, acrescentando que levou a agressão ao conhecimento da direção da escola e esta teria se omitido.
Ouça:
O fato mais recente envolveu até a Polícia Militar, chamada na manhã desta quarta-feira, 1º, para evitar um possível atentado na Escola SEB/COC. Uma guarnição do 1º Batalhão foi até a Escola, fez rondas na região, e não detectou sinais de violência nas redondezas.
Depois disso, relata a mãe, a filha começou a ser acusada de planejar o suposto atentado, tomando como exemplo a tragédia na cidade de Uvalde, estado do Texas, nos Estados Unidos, onde um adolescente matou em uma escola 21 pessoas, entre elas 19 crianças.
“A confusão foi criada por um menino do 9º ano, que mandou para um colega a foto de uma arma de paintball. Assustado, e se sentindo ameaçado, o que recebeu levou a foto à diretoria. Como isso gerou os boatos de que minha filha ameaçava praticar um atentado na escola, eu não sei!”, relata a mãe, no áudio divulgado em inúmeros grupos de WhatsApp.
Apontando os pais que divulgaram os boatos sobre a filha como “monstros, que ameaçam uma criança”, ela diz que está adotando todas as providências para proteger a menina. A mãe repetiu várias vezes que a filha sofre bullying desde que entrou na escola, no começo deste ano, sem que a diretoria adote medidas necessárias para impedir a violência dos colegas.
A razão, supostamente, relata a mãe, seria o fato de a menina gostar de rock e de se vestir de preto. “Minha filha é uma criança doce, serena. Vocês não sabem o estrago que estão fazendo na vida da minha filha e da minha família, com esses ataques covardes, com as mentiras que estão espalhando. Já pedimos a intervenção da escola, mas esta vem sendo omissa”, reagiu.
No áudio, a mãe diz ainda que a menina não está indo a escola por conta do quadro depressivo que apresenta, e pede que seu áudio seja espalhado por todos os meios.
O atentado
Em nota sobre os boatos em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre suposto atos de violência na escola, a direção geral garante que estão sendo apurados com rigor. “Nossa Escola continua sendo um local SEGURO para nossos estudantes. Aproveitamos para informar que após tomar ciência da situação, imediatamente todas as providências disciplinares, policiais e jurídicas cabíveis foram tomadas, para garantir que tudo seja devidamente esclarecido e resolvido”, diz a nota do SEB/COC.
A escola ainda não foi ouvida sobre as denúncias de bullying e agressão à estudante.