7 de junho de 2022 12:16 por Da Redação
A decisão do governo Bolsonaro de reduzir os recursos para as instituições federais de Educação vai atingir diretamente o funcionamento do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), comprometendo, principalmente, as ações de ensino, pesquisa e extensão. Haverá prejuízo também para a assistência estudantil, com a redução dos programas que visam garantir a permanência e êxito dos estudantes.
Diante dessa cruel realidade, a direção do Ifal está tentando mobilizar a sociedade alagoana, especialmente a bancada federal (deputado e senadores), no sentido de reverter a ação do governo. O Ifal luta para minimizar os efeitos danosos que a redução de verbas vai provocar. Do contrário, alerta o reitor Carlos Guedes, o funcionamento adequado da instituição será inviabilizado e a qualidade dos serviços comprometida.
O governo federal decidiu bloquear 14,54% dos recursos destinados às ações de custeio/funcionamento das instituições federais de educação (PEC 32), para o ano de 2022. Na prática, a medida adotada pelo presidente Jair Bolsonaro representa um corte da ordem de R$ 3 bilhões no orçamento do Ministério da Educação, e de R$ 1 bilhão para as universidades e os institutos federais.
Nesta segunda-feira, 6, por iniciativa do deputado Ronaldo Medeiros, o problema foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa Estadual (ALE/AL). Participaram representantes de instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado – entre estas a Ufal, Ifal, Uncisal, Uneal, SBPC e Adufal.
“Essa PEC praticamente destrói a organização do serviço público. Ela acaba com concurso público, cargos seriam preenchidos apenas por indicação política, prejudicando o jovem que estuda, faz especialização e doutorado”, disse Medeiros, alertando que o texto também facilita o corte de investimentos em Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia.
“Os cortes são gravíssimos. O movimento estudantil, professores e funcionários estão preocupados. Essa Casa é a Casa do Povo. Aqui estão discutindo orçamento estadual, mas ele é vinculado ao federal. Como lidar com estes cortes, que atingirão estados e municípios?”, argumentou Sandra Lira, diretora da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
A educadora disse ainda que a reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro vai atingir servidores públicos federais, estaduais e municipais. “Então essa Casa precisa estar muito atenta à essa destruição” -acrescentou Sandra, pedindo o apoio dos deputados estaduais.
Na defesa das instituições federais, o deputado Ronaldo Medeiros afirmou que “o governo Bolsonaro tem como objetivo privatizar o ensino, prejudicando e ameaçando o futuro de jovens pobres que não podem pagar faculdade particular”. O parlamentar acrescentou ainda que é preciso dizer não “ao desmonte e destruição do serviço público”.
Com Assessoria