11 de julho de 2022 12:26 por Da Redação
O portal UOL divulgou nesta segunda-feira (11) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Organização Arnon de Mello (OAM) chegaram a um acordo para salvar as empresas do senador Fernando Collor da falência.
Com poder de vetar o plano de recuperação judicial da OAM, cuja audiência definitiva será realizada nesta quarta-feira, 13, o banco sinalizou que pode reduzir em 70% as dívidas das empresas de comunicação e aprovar o documento. Um aditivo foi incluído ao plano pela empresa devedora na última segunda-feira (4).
A movimentação deixou aflitos os trabalhadores demitidos das Gazetas, que temem a aprovação de um plano de RJ extremamente prejudicial para a categoria, que fez um protesto nesse fim de semana, na orla de Maceió.
Foram três meses de negociação até que se chegasse a um acordo. Além do deságio, a proposta prevê o parcelamento do passivo em 126 meses e carência de um ano para início do pagamento. No total, a dívida das empresas da família Collor com o banco é de R$ 64 milhões.
A decisão do BNDES favorece, diretamente, o candidato do presidente Jair Bolsonaro ao governo de Alagoas, segundo colocado nas intenções de voto. E expõe a hipocrisia do Bolsonarismo.
O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), historiador Osvaldo Maciel, lembra que Bolsonaro falava em uma suposta caixa preta de esquemas que o PT faria no órgão. Ao final, foi realizada uma auditoria e não se provou nada de ilegalidades.
“Na verdade, o fascista é que montou um esquema interno no BNDES que é uma verdadeira caixa preta, como no caso na One 7, empresa que administra as carreiras de vários artistas e que ganhou milhões em investimento. Agora, o BNDES dá uma ‘ajudinha’ marota para um dos principais aliados e Bolsonaro em Alagoas, um político decadente e corrupto, mas cuja aliança é imprescindível para os dois tentarem não ser derrotado nas urnas em outubro”, afirmou.