A equipe médica veterinária do Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA) vem identificando, na rotina de cirurgias realizadas no Castramóvel, a recorrência de casos de piometra – um processo inflamatório do útero caracterizado pelo acúmulo de líquido purulento, que acomete gatas e cadelas não castradas.
A médica veterinária do Gabinete da Causa Animal, Larissa Rocha, explica o que é a doença. “A piometra consiste no acúmulo de pus dentro do útero. A doença se manifesta repentinamente e pode ser fatal, já que as complicações envolvem o aparecimento de peritonite (inflamação da parede abdominal) e septicemia (infecção generalizada). Nas gatas, a piometra normalmente aparece em idade avançada, maiores de 8 anos, embora também seja possível desenvolver em gatas jovens que receberam injeções ou pílulas para interromper o cio ou outras terapias hormonais com estrogênio e progesterona”.
Larissa Rocha reforça sobre os sinais clínicos da doença. A veterinária pontua que eles podem ser gerais, sendo possível mencionar o vômito, letargia, fadiga, perda de apetite, polidipsia (aumento da ingestão de água), poliúria (micção/urina frequente) e desidratação.
A veterinária também explica como se caracterizam os dois tipos de piometra: aberta e fechada. Na piometra aberta, a fêmea, geralmente, apresenta secreção com coloração escura e odor forte pela vulva. Já na piometra fechada, o abdômen pode estar distendido, mas nenhuma secreção é expelida pela vulva. Sendo ainda mais agravante, pois o útero pode romper, produzir peritonite e levar o animal a óbito.
Caso o tutor suspeite de uma piometra em seu pet é recomendado levar imediatamente ao médico veterinário, para realizar uma avaliação clínica e exames complementares para confirmar ou descartar a doença. Após a confirmação, o procedimento é cirúrgico para remoção de útero e ovários, ovariohisterectomia (castração).
O melhor método de prevenção da piometra é a castração, pois evita este e outros problemas relacionados com o período reprodutivo. Não sendo nem indicado e nem aconselhável utilizar pílulas/vacinas anticoncepcionais para interromper o cio. Por isso é recomendada a visita ao médico-veterinário, a cada seis meses ou um ano (a depender da idade), para prevenir ou detectar qualquer doença a tempo e assim garantir saúde e bem-estar às fêmeas.
Fonte: GGI/CA