sexta-feira 20 de setembro de 2024

Sindicato e Federação dos Jornalistas repudiam mentira de Collor em debate

Candidato disse que piso de jornalistas alagoanos é o maior do país graças à OAM, mas, a realidade é bem diferente, apontam entidades de classe

7 de setembro de 2022 2:17 por Da Redação

O senador Fernando Collor de Mello durante sabatina de Rodrigo Janot Monteiro de Barros, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram nota oficial para desmentir o candidato a governador de Alagoas Fernando Collor que, durante o debate da TV Mar afirmou que o “piso salarial dos jornalistas em Alagoas é o maior do Brasil, graças a ação da Organização Arnon de Mello”.

A fala provocou indignação na classe jornalística, especialmente, nos profissionais demitidos durante greve em 2019 que evitou a redução do piso salarial dos jornalistas em cerca de 40%, num movimento orquestrado pelas empresas de comunicação do estado, incluindo a OAM.

As entidades também chamam atenção para o calote sofrido pelo jornalistas e outros profissionais que foram vítimas de um dos processos de recuperação judicial mais estranhos da história do país, o das empresas de Collor.

“O Sindjornal lembra que o senador Collor é, na verdade, o principal o responsável por um dos maiores calotes da história recente do país, aplicado em centenas de trabalhadores da Organização Arnon de Mello, alguns dos quais esperam, sem previsão de pagamento, há quatro anos. Esses jornalistas aguardam o recebimento de suas verbas indenizatórias, seus FGTS e outros direitos negados pela OAM, após serem demitidos sem justa causa graças aos desmandos administrativos que o senador tenta esconder e que, por pouco, não conduzem a empresa à falência”.

Esse é um dos trechos da nota pode ser lida abaixo, na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO AO CANDIDATO FERNANDO COLLOR

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (SINDJORNAL) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar veementemente a postura do senador Fernando Collor de Mello durante o debate realizado pela TV Mar, no último dia 5 de setembro. O candidato Collor, ao ser indagado sobre emprego e direito dos trabalhadores, faltou com a verdade ao dizer que o “piso salarial dos jornalistas em Alagoas é o maior do Brasil, graças a ação da Organização Arnon de Mello (OAM).”

O SINDJORNAL lembra que o senador Collor é, na verdade, o principal o responsável por um dos maiores calotes da história recente do país, aplicado em centenas de trabalhadores da Organização Arnon de Melo, alguns dos quais esperam, sem previsão de pagamento, há quatro anos. Esses jornalistas aguardam o recebimento de suas verbas indenizatórias, seus FGTS e outros direitos negados pela OAM, após serem demitidos sem justa causa graças aos desmandos administrativos que o senador tenta esconder e que, por pouco, não conduzem a empresa à falência.

A empresa de Collor foi uma das principais responsáveis pela maior greve já realizada no Brasil por jornalistas, quando, em 2019, ela propôs, juntamente a outras empresas de comunicação, a redução salarial de 40% do piso salarial dos jornalistas. Tentativa essa que só não foi posta em prática graças às manifestações corajosas dos jornalistas, liderados pelo SINDJORNAL, e à decisão da Justiça do Trabalho, em favor da categoria.

Foi por conta da luta dos jornalistas por seus direitos que as empresas de Collor, derrotadas na vergonhosa proposta de reduzir salários, promoveram uma retaliação histórica aos trabalhadores alagoanos, demitindo profissionais somente por não aceitarem essa redução – sendo, alguns deles, os mais qualificados do país.

Ainda hoje, em 2022, os profissionais não receberam as verbas indenizatórias e, recentemente, sofreram mais um duro golpe, com manobras no processo de recuperação judicial da Organização Arnon de Mello, que reduziu, de forma drástica e inexplicável, cerca de 90% do valor dos débitos já reconhecidos na Justiça. Muitos desses jornalistas, ainda hoje, passam por
privações financeiras, porque não receberam um centavo do que tem direito. A realidade, diante da fala de Collor, é o “calote” dado nos trabalhadores, isso sim é uma “ação”, visível e irrefutável, que as empresas da OAM praticaram contra os profissionais.

O Sindicato lembra que o piso dos Jornalistas de Alagoas hoje é um dos maiores do país graças, única e exclusivamente, aos próprios jornalistas. O valor é fruto de lutas históricas da categoria travadas há anos, sempre a contragosto das empresas de comunicação, que ano após ano, propõe, na verdade, a redução do valor e a retirada de direitos, promovendo a precarização
do trabalho dos jornalistas no Estado.

Por fim, o SINDJORNAL e a FENAJ se solidarizam com toda a classe de jornalistas, principalmente os demitidos da OAM e os vários profissionais que ainda hoje continuam com vínculo, mas afastados, tratando da saúde mental por conta de práticas trabalhistas inadequadas já reconhecidas pelo MPT, que, além de tudo, ainda é obrigada a ver e ouvir no debate esse
discurso mentiroso praticado pelo candidato.

SINDICATO DOS JORNALISTAS DE ALAGOAS
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS

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