30 de setembro de 2022 1:30 por Reynaldo Rubem Ferreira Jr
Durante o último debate entre os candidatos a presidente da República antes das eleições, realizado nessa quinta-feira (29), pela Rede Globo, ficou escancarado que o suposto padre – desmascarado pela Igreja Ortodoxa no Brasil – Kelmon (PTB), foi escalado por Bolsonaro para fazer o jogo sujo.
O debate, em grande parte, ficou bloqueado pela postura agressiva iniciada por Bolsonaro, secundada pelo suposto religioso.
Lula, o principal alvo dos adversários, entrou na provocação do petebista. O embate entre os dois foi considerado o momento mais vulnerável do ex-presidente, segundo alguns analistas e aliados petistas.
Ouvindo agora, acho que o Lula fez muito bem em responder e desmascarar a farsa do “padre” laranja.
Quem concorda? pic.twitter.com/UggFFyBZNF— Sérgio A J Barretto (@SergioAJBarrett) September 30, 2022
Um dado a ser levado em consideração é que a pesquisa qualitativa monitorada pela campanha do petista sinalizou que Lula foi “vítima de um impostor”.
Criminoso isso aqui! Se reeleito for, prometo a vocês articular junto ao congresso e ao meu presidente @LulaOficial pra que aprovemos uma legislação que proíba episódios lamentáveis como esse! pic.twitter.com/IZ4KC8G3XX
— André Janones 7040✌️ (@AndreJanonesAdv) September 30, 2022
O alvo do candidato Lula, no debate, era a fatia do eleitorado que ainda está indecisa, além dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) que tendem a mudar de voto na reta final.
Bolsonaro foi para o vale-tudo, desconsiderando as orientações do núcleo político e do responsável pelo marketing da campanha. Preferiu seguir o filho Carlos Bolsonaro.
Pelotão antilula
As motivações para atacar Lula, o candidato líder nas pesquisas, são as mais variadas. O suposto padre Kelmon foi escalado para o jogo sujo. Felipe d’Ávila (Novo) flertou o tempo todo com Bolsonaro, na linha antipetista.
O candidato Ciro Gomes (PDT) teve oportunidade de levar Bolsonaro às cordas, no entanto, contemporizou, motivado pelo ódio ao petista.
Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (UB) protagonizaram momentos em que estabeleceram com Bolsonaro o enfrentamento no campo político sem resvalar para a baixaria. Bolsonaro contou, como linha auxiliar, com o suposto padre Kelmon, Felipe d’Ávila e Ciro Gomes.
Avaliação do Debate
Desde 1989, quando foi realizada a primeira campanha eleitoral para a Presidência da República pós-redemocratização, nunca apareceu um candidato a presidente tão desqualificado e escancaradamente identificado com um suposto adversário como o “Padre” Kelmon é com Bolsonaro. Ele não esconde ter sido plantado para atacar pessoalmente o ex-presidente Lula.
Fora dos microfones, Kelmon foi chamado de picareta, como de fato se apresentou.
1 Comentário
Como disse João Antonio, Lula foi ao debate com a faca nos.dentes, e foi vencendo um a um.
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