19 de dezembro de 2022 5:29 por Da Redação
A Universidade Federal (Ufal) e o Instituto Federal de Educação de Alagoas (Ifal) estão entre as instituições de ensino superior que vão enfrentar dificuldades para manter cursos e programas de assistência aos estudantes, em conseqüência da retenção de recursos decidida pelo presidente Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira, 30, Bolsonaro bloqueou R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC) para este ano.
A suspensão do repasse de verbas foi anunciada nesta quarta-feira, 5, em ofício enviado para as federais.
Publicado no Diário Oficial da União (D.O.U) da última sexta-feira, 30, o decreto 11.216/2022, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê um corte de R$ 10,5 bilhões nas despesas do Executivo. Desse total, 28,6% serão tirados da Educação, o equivalente a R$ 3 bilhões.
Da Ufal foram retidos R$ 4.795.285,12. Segundo informações, a Pró-Reitoria de Extensão não terá mais recursos para pagar as bolsas de R$ 400 destinadas a alunos de baixa renda.
Indignação
Análise da Instituição Fiscal Independente (IFI), entidade ligada ao Senado Federal, mostra que o corte vai gerar impactos em todas as áreas do MEC, especialmente sobre universidades e institutos federais de educação, que já têm passado por enxugamentos.
A decisão do governo gerou críticas e preocupação no meio universitário de Alagoas, cujos dirigentes temem pela continuidade dos serviços. Os comentários postados em redes sociais mostram a indignação de professores e estudantes.
“Segue mais um corte no orçamento das universidades federais e IFs. Bolsonaro não deixa nenhum centavo para pagar nada” – disse um aluno da Ufal.
“Se isso não for uma ação deliberada de desmonte das Universidades e IFs, não sei o que de fato significa desmonte…” – reagiu outro.
“No orçamento da nossa universidade, que já não tem recursos para fechar o ano, o corte significa uma redução de quase R$ 4,8 milhões…” – afirmou um professor.
Além da Educação, estão nessa lista os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações (R$ 1,7 bilhão de corte), da Saúde (R$ 1,6 bilhão), do Desenvolvimento Regional (R$ 1,5 bilhão) e o da Defesa (R$ 1,1 bilhão).