sexta-feira 22 de novembro de 2024

Espetáculo da prisão de Roberto Jefferson expõe facção da PF que compactua com o crime

19 de dezembro de 2022 4:41 por Da Redação

Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro | Divulgação

O aparelhamento da Polícia Federal foi escancarado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Uma das maiores evidências disso foi o vídeo gravado logo após o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) atentar contra a vida de agentes federais que foram até a casa dele para prendê-lo. Foram disparados dezenas de tiros de fuzil AR-15 e arremessadas três granadas nos policiais federais.

Jefferson, ladeado pelo suposto “padre” Kelman – enviado por Bolsonaro até a casa do criminoso – tentava justificar seu ato, calmamente, diante de um agente federal, narrando como cometeu a ação criminosa contra os PFs.

O Bolsonarismo exerce amplo domínio sobre as ações da Polícia Federal. O agente que dialoga e ri da maneira como um criminoso agiu não pode ser considerado um bom profissional. Um agente público que tem a obrigação de cumprir uma determinação judicial e, mais, que presenciou colegas serem alvejados e viaturas perfuradas por balas disparadas  por um apoiador do presidente da República, não poderia agir daquela maneira.

A conduta do policial federal no interior da casa de um criminoso, ouvindo calma e mansamente as “explicações” sem dar voz de prisão e nem algemar um criminoso perigoso e fartamente armado, é a prova evidente do conluio de uma facção da PF (Bolsonarista) com o criminoso e com o presidente da República que vem apoiando esse tipo de comportamento.

Revela a diferença entre a PF que procura cumprir a lei da facção da mesma instituição que procura “passar o pano” ou proteger um criminoso confesso.

Roberto Jefferson é a representação máximo do bolsonarismo, no estado puro de pregação da violência.

No Estado democrático de Direito ninguém é mais do que a lei. Roberto Jefferson responderá pelos seus crimes em série e o policial federal deve ser investigado pelo seu desempenho e a pactuação com um elemento que cometeu um grave crime: o de atentar contra a vida de agentes públicos.

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