quinta-feira 16 de janeiro de 2025

‘Devemos dizer: Democracia para sempre!’

2 de janeiro de 2023 11:12 por Geraldo de Majella

Foto: Antonio Cruz | Agência Brasil

O fim das trevas no Brasil começou no dia 31 de dezembro de 2022. Já a posse do presidente Lula, no dia 1º de janeiro, concretizou o fim desse triste período onde a extrema-direita vilipendiou a Nação. Um momento carregado de simbolismo que pode ser traduzido numa das estrofes do Hino da Independência: “Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil”.

Estou com saúde para comemorar o meu aniversário. Hoje, dia 2 de janeiro, completo 62 de idade, motivado e com esperança de viver ainda mais num país onde a liberdade não seja ameaçada por tiranos. A divergência e a tolerância são pedras de toque da democracia.

A minha geração e as gerações anteriores lutaram contra o autoritarismo da ditadura do Estado Novo (1937-1945) e a ditadura militar (1964-1985). As ditaduras são nefastas e injustificáveis. Nunca é suficiente bradar contra essas coisas horrendas. Se mais vida tivesse, continuaria lutando pela paz e defendendo a democracia.

Eu, particularmente, ganhei o meu presente de aniversário antecipado quando a maioria do povo brasileiro elegeu Lula pela 3ª vez presidente da República. Evidente que o presente não é meu, apenas. É coletivo, de milhões de compatriotas.

Os dias vividos sob ameaça de um tiranete foi angustiante, mas, como diz Guilherme Arantes: “mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar”. A perspectiva de construir o amanhã é mais que uma utopia é a “oportunidade do Brasil se reencontrar como nação”, como disse o senador alagoano Teotônio Vilela, durante os embates pela redemocratização do país.

O Brasil, a ser conduzido por Lula e a Frente Ampla, terá na renovação do estado de espírito coletivo da Nação espoliada por extremistas e abutres que conduziram os seus interesses empresariais, militares e ideológicos, fazendo do Estado brasileiro o inimigo a ser eliminado.

A compreensão desse momento histórico é, para a esquerda, um ensinamento mesmo que a hegemonia esteja eventualmente em seu campo – e não está. É necessário pactuar com as forças democráticas para garantir avanços seguros enquanto bloco aliado para, cada vez mais, isolar politicamente a extrema-direita política, militar e o mercado.

Manter o foco no que é essencial e fazer o possível para que esta Frente Ampla permaneça unida em torno do programa vitorioso nas eleições, o que não significa dizer que não haverá disputa pela hegemonia no seu interior. É natural que haja e faz parte da política.

Mais uma vez, recorro a Guilherme Arantes: “Amanhã, está toda a esperança por menor que pareça, existe e é pra vicejar”.  A reconstrução do país foi legada à liderança política de Lula cuja obra inicial será acabar com o flagelo da fome que humilha a Nação, a criação de milhões de postos de trabalho com carteira assinada e reposicionar o Brasil no cenário internacional.

O Brasil e os brasileiros sobreviveram a, muito custo, à barbárie da disseminação de armas, ao obscurantismo que foi submetido o Estado brasileiro onde áreas vitais foram desconstruídas, como o Ministério da Saúde negando a eficácia das vacinas e provocando a morte dezenas de milhares de pessoas pela Covid-19; a educação foi submetida ao fanatismo religioso e à mais selvagem prática ideológica da história; a extinção do Ministério da Cultura foi parte do obscurantismo como expressão de Estado, do racismo como ação governamental, a volta nefasta da censura e a abominável apologia ao nazismo.

Essa quadra de trevas acabou, a horda fascista foi derrotada pelo voto popular, agora é chegado o momento de reconstrução das relações institucionais, com a sociedade civil. O ódio vertido será superado, não será fácil, mas, é necessário para que a convivência volte à normalidade nas famílias, no trabalho e na vida social.

O estadista de origem operária, Luiz Inácio Lula da Silva, proclamou perante o Congresso Nacional: “Hoje, depois do terrível desafio que superamos devemos dizer democracia para sempre.” Esse propósito tem de ser fixado como um objetivo inarredável da  maioria dos brasileiros.

Democracia para sempre!

*É historiador

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