Como parte das ações e serviços de sociabilização feitas através de práticas educativas, a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) assegurou a aplicação do Enem PPL 2023, modalidade do Exame Nacional do Ensino Médio para 31 adolescentes e jovens adultos que cumprem medida socioeducativa. A prova foi aplicada nesta semana e contou com o apoio da Superintendência de Medidas Socioeducativa (Sumese).
Com base em critérios utilizados pelo MEC, o exame permite o acesso ao ensino superior em programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Segundo o superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Otávio Rêgo, o exame busca reintegrar socialmente adolescentes em conflito com a lei, por meio do estudo. “A educação e a qualificação profissional oferecem aos adolescentes as competências necessárias para dar continuidade à vida longe do crime. Essa possibilidade de ingresso na universidade amplia o leque de oportunidades para o futuro e enriquece o seu currículo para ingressar no mercado de trabalho. Com o apoio do governador Paulo Dantas e do nosso secretário Kelmann Vieira, estamos trabalhando para que 100% dos socioeducandos em Alagoas tenham acesso a exames como o Enem”, disse Otávio Rêgo.
A gerente de Desenvolvimento Integral da Sumese, Cássia Moreno, destaca que os socioeducandos de Alagoas são atendidos pela Escola Estadual Educador Paulo Jorge dos Santos Rodrigues, que segue o mesmo cronograma das demais escolas da rede estadual e é referência em educação para pessoas privadas de liberdade.
“Aqui eles já são matriculados na escola e desenvolvem atividades pedagógicas seguindo o cronograma normalmente durante todo o ano. A participação no Enem representa a efetivação dessa educação, por meio da qual modificamos a nossa vida e direcionamos a nossa forma de pensar e de agir. Essa é uma das principais forças da medida socioeducativa”, afirmou Cássia Moreno.
ENEM PL
O Enem PPL é aplicado desde 2010 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). As provas são realizadas dentro de unidades prisionais e socioeducativas e seguem o mesmo nível de dificuldade do Enem regular.
O formato, duração e nível de dificuldade do Enem PPL são os mesmos do Enem regular. No primeiro dia os adolescentes realizaram exames nas áreas de conhecimento de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. Já no segundo dia, as provas abordaram as ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.
Fonte: Agência Alagoas