segunda-feira 23 de dezembro de 2024

Holocausto ianomâmi: a união macabra entre o governo e o crime

A chegada ao poder da extrema-direita se deu com a intenção clara e objetiva de perseguir os povos originários, destruindo todas as políticas do Estado
Crianças Yanomami desnutridas | Urihi Associação Yanomami/Sumaúma Jornalismo

Em 2017, o então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, falando para uma plateia de cerca de 100 pessoas, no auditório do clube Hebraica, no Rio de Janeiro, disse que iria acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do País caso fosse eleito em 2018.

Assim, a proposta de holocausto foi encaminhada a partir da sua posse na Presidência da República, em 1º de janeiro de 2019. A chegada ao poder da extrema-direita se deu com a intenção clara e objetiva de perseguir os povos originários, destruindo todas as políticas do Estado brasileiro que protegiam os indígenas, os quilombolas e ribeirinhos.

Tal como os nazistas na Alemanha, Bolsonaro não iniciou o genocídio com assassinatos, mas, afrouxando a legislação e permitindo a entrada de armas, além da invasão das terras indígenas por garimpeiros ilegais e criminosos vinculados ao narcotráfico e à bandidagem que se traveste de “empresários do agronegócio”.

Essa união macabra teve o centro gravitacional nos Ministério do Meio Ambiente, com Ricardo Sales comandando a baderna e o contrabando de madeira. No Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, Damares Alves bradava o fanatismo religioso de extrema-direita pondo em prática o discurso diversionista para tirar o foco das questões essenciais.

O presidente da Funai, Marcelo Xavier, foi um dos braços desse projeto de morte. Ele agiu  fortemente contra os povos indígenas perseguindo-os, apoiando madeireiros, invasores de reservas e, internamente, desestruturando a instituição em benefício dos criminosos.

A caracterização do holocausto é a perseguição sistemática e o assassinato de uma ou mais etnias ou grupos sociais. No Brasil, a era do Holocausto teve início no dia 1º de janeiro de 2019 e terminou no dia 31 de dezembro de 2022, quando se encerrou o mandato presidencial.

Bolsonaro, Ricardo Sales, Damares Alves, Marcelo Xavier e outros funcionários do Estado brasileiro que ocuparam postos nos escalões inferiores terão também de serem investigados e levados aos tribunais para serem julgados pelo Holocausto Ianomâmi.

Please follow and like us:
Pin Share

Mais lidas

Paulão cita 082 Notícias e volta a denunciar crime da Braskem em Maceió

O deputado federal Paulão (PT) usou o artigo “A Justiça que segrega”, do historiador

Polícia científica identifica digitais de suspeitos em brigas entre torcedores de CSA e CRB

Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de Maceió em um veículo utilizado na

Cultura reúne artistas musicais para novo cronograma do 6º Festival Em Cantos de Alagoas

A Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult) reuniu, na terça-feira (10),

TRE proíbe motorista de aplicativo de colar adesivo de candidatos

Veículos cadastrados em aplicativos de transporte urbano, como Uber, 99, InDriver e outros, não

Eleições 2024: cresce em 78% o número de eleitores menores de 18 anos

Por Iram Alfaia, do portal Vermelho O Brasil possui 1.836.081 eleitores menores de 18

Eleitores vítimas da Braskem são orientados a buscar novos locais de votação

A mineração predatória que a multinacional Braskem S/A realizou em Maceió por quase 50

  Dados de Projetos Esportivos Clube de Regatas Brasil – CRB Autor Descrição da

Senador vê desprendimento na renúncia de Joe Biden

O senador alagoano Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes no terceiro governo do presidente

1 Comentário

  • Tribunal Internacional para este genocida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *