O aporte do governo federal é indispensável para Alagoas realizar as obras de infraestrutura essenciais para o seu desenvolvimento. Nos últimos quatro anos, enquanto Jair Bolsonaro esteve na Presidência da República, o estado foi, praticamente, excluído das ações federais.
Dizer que “Alagoas precisa voltar ao orçamento federal” é mais do que uma frase de efeito, é reestabelecer a relação republicana entre a União e os Estados, de forma que não haja discriminação e nem perseguição política e ideológica.
Com a nova gestão federal, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), esteve em audiência no dia 31 de janeiro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O assunto tratado foi o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas. O encontro teve as presenças do senador Renan Calheiros e do secretário da Fazenda, George Santoro.
As obras apresentadas como estratégicas ao ministro Fernando Haddad são a duplicação das rodovias BR-316 e BR-424, que formarão o Arco Metropolitano; o Hospital do Agreste, em Arapiraca; a construção de quatro unidades do Instituto Federal de Alagoas (Ifal); e a retomada das obras do Canal do Sertão.
O Canal do Sertão é a obra hídrica mais importante para o Sertão e Agreste de Alagoas. Os 18 prefeitos da Bacia Leiteira têm pressionado o governo do Estado para que seja regularizado o abastecimento de água da região. Medidas que possam solucionar o problema têm sido reivindicadas, como a melhoria do sistema de bombas operado pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Técnicos ouvidos pelo 082 Noticias alertam que a solução definitiva para a questão do abastecimento das cidades da Bacia Leiteira virá com a captação de água do Canal do Sertão no ponto mais próximo do município de Olho d’Água das Flores.
Este ponto, segundo a fonte do 082 Noticias, se encontra a 25 km do centro de reservação da Casal em Olho d’Água das Flores. Onde se construiria uma elevatória de água bruta, captando água do canal, e uma adutora, interligando o canal com a reservação da Casal.
Os detalhes técnicos e econômicos são evidentes. A Casal economizaria energia elétrica devido ao fato de não ter mais que bombear água do Rio São Francisco até Olho d’Água das Flores.
A altura de elevação da água se reduziria e a conta de energia se reduziria, e a operação de abastecimento de água das cidades da região se tornaria menos complexa, oferecendo uma maior regularidade no abastecimento das cidades. Todos ganhariam. Tanto a Casal como a comunidade.
Ficariam garantidas a regularidade, a qualidade e a quantidade de água necessárias para o abastecimento das cidades.