quarta-feira 15 de janeiro de 2025

Invasão do peixe-leão foi alertada por pesquisador da Ufal desde 2015

Cláudio Sampaio acompanha a incidência da espécie predadora desde que foi detectada no Rio de Janeiro
Peixe-leão | Reprodução

Recentemente, várias matérias da imprensa alertaram para uma espécie de peixe, que por ser resistente e ter uma alta adaptação, acaba alterando os ecossistemas em que é introduzida. O peixe-leão é originário dos oceanos Índico e Pacífico, mas já foi detectado no Atlântico em 1985, na costa da Flórida (EUA).

O professor Cláudio Sampaio

O pesquisador e professor do curso de Engenharia de Pesca da Unidade de Penedo, Cláudio Sampaio, alertou para a presença do peixe-leão no Brasil em 2015, quando um indivíduo dessa espécie foi detectado em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro. Atualmente, há registros do Pará a Pernambuco, e a chegada aos recifes da região marítima de Alagoas é considerada uma questão de tempo.

E por que tanta preocupação com a presença dessa espécie invasora? “A presença do peixe-leão reduz a riqueza dos recifes, pois ele consome muitos peixes jovens, inclusive vários de interesse comercial, prejudicando o turismo e a pesca, que são setores importantes da economia alagoana”, explicou Cláudio Sampaio, ainda em 2015.

Coral-sol

Outro invasor originário dos oceanos Indico e Pacífico que preocupa os ambientalistas e pesquisadores é o coral-sol. Também é muito bonito, mas toma conta do ambiente onde é introduzido, subjugando as outras espécies. O pesquisador Cláudio Sampaio também já fez o alerta sobre a presença deste coral, em Alagoas, no ano passado.

Coral-sol | Cláudio Sampaio

A equipe de pesquisadores, formada por integrantes do Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica e Conservação dos Trópicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Projeto Corais do Brasil e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) – Reserva Extrativista Marinha da Lagoa de Jequiá, detectou colônias do coral-Sol em Lagoa Azeda, litoral alagoano, em 2022, mas os indícios é que a espécie já estava lá há mais de três anos.

No caso de pescadores e mergulhadores avistarem as duas espécies, a recomendação é não tentar capturar, no caso do peixe-leão, ou remover, no caso do coral-sol. As informações sobre o local de avistamento podem ser enviadas para o pesquisador Cláudio Sampaio, professor da Unidade de Penedo, pelo endereço eletrônico: buiabahia@gmail.com ou pelo telefone (82) 3214-1244.

Fonte: Ascom Ufal

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