14 de março de 2023 2:43 por Da Redação
A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje (14) duas pessoas em Maceió-AL, três em Natal-RN e uma Olinda-PE durante ação das operações “Face Oculta I e II”. O alvo é uma organização criminosa, enraizada em Alagoas, que vem praticando, principalmente, o crime de lavagem de dinheiro.
Cerca de 80 policiais federais cumpriram diversas medidas, entre elas, seis mandados de prisão, 16 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas e ativos financeiros e sequestro de bens dos investigados, determinadas pela 17ª Vara Criminal de Maceió, nas cidades de Maceió-AL, Marechal Deodoro-AL, Penedo-AL, Nata-/RN, Recife-PE, Fernandópolis-SP e São José do Rio Preto-SP.
As investigações realizadas nos últimos meses revelaram que um esquema criminoso, já reprimido no ano de 2017, voltou a ser praticado por outros meios.
Em dezembro de 2017, a Polícia Federal deflagrou a Operação Duas Faces em Maceió, visando estancar o plano criminoso de integrante do PCC de São Paulo que tinha se estabelecido em Alagoas e, fazendo uso de nome falso, passou a adquirir imóveis e bens de alto valor, mostrando-se como se fosse um empresário de sucesso.
Segundo novas investigações, após a morte do líder da organização, verificou-se que a família da viúva passou a contar, a partir de 2018, com o apoio de seu advogado para continuar recebendo vultuosas quantias de dinheiro em espécie provenientes de São Paulo.
De acordo com o que foi levantado pela PF, a viúva alagoana recebeu, nos anos de 2018 e 2019, malas de dinheiro em Alagoas. Para tanto, contou com a participação do advogado que passou a organizar viagens a São Paulo com o objetivo de trazer o dinheiro ilícito. Destaque-se que alguns militares foram contratados para “escoltar” o dinheiro de São Paulo a Maceió. Estes fatos deram origem à operação Face Oculta I.
Descobriu-se, ainda em 2022, que este mesmo grupo criminoso já investigado na Operação Duas Faces estava movimentando milhares de reais de origem desconhecida através de terceiros, que emprestavam suas contas bancárias para possibilitar o recebimento de valores, que eram sacados no caixa e entregue aos beneficiários do esquema, assim como também utilizaram empresas de fachada para a movimentação de valores, fatos que deram origem a Operação Face Oculta II.
Os envolvidos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e participação em organização criminosa, previstos nos artigos 171, do Código Penal, art.1º, da Lei nº 9.613/98 e art. 2º, da Lei 12.850/13, podendo pegar até 23 anos de reclusão, a depender do grau de participação de cada um.