quarta-feira 15 de janeiro de 2025

Afastado por apologia ao nazismo, professor volta a defender Adolf Hitler em sala de aula

Alunos gravaram o professor de História Rubenval Duarte, em escola de Imbituba, no litoral de Santa Catarina, enquanto fazia discurso de defesa ao nazifascismo
Reprodução/Twitter

Após ter ficado 60 dias afastado do cargo por fazer apologia ao nazismo, o professor de História Rubenval Duarte voltou às salas de aula em fevereiro, e na última segunda-feira (13) foi novamente flagrado por estudantes enquanto repetia os mesmos discursos de ódio e defesas do ditador Adolf Hitler. Ele leciona no município de Imbituba, no litoral de Santa Catarina.

Alunos revoltados com a postura do docente gravaram o momento em que Rubenval fez seu discurso e o expuseram nas redes sociais. “O Hitler botava umas roupas aqui para encher o peito, e ele tinha pernas curtas, era baixinho”, diz o professor, ao que um aluno contesta: “E o professor apoia o que ele fez?”.

“Sim, claro”, responde Rubenval. E emenda: “Por isso que me chamam de nazista”. O aluno volta a questionar se o professor apoia o nazismo. A resposta: “Cara, eu tenho a imaginação que pela época… tem alguém gravando?… eu tenho uma admiração pelo Hitler enormemente (SIC). Mas pera lá, não confundam aqui, eu sou um cara que está lendo o Hitler”, diz o professor antes que o vídeo seja encerrado.

“Hitler melhor que Jesus”
Esta não foi a primeira vez que Rubenval fez apologia ao nazismo em sala de aula. Em 4 de novembro de 2022 ele foi afastado do cargo por 60 dias após outro episódio semelhante. Na ocasião, ele havia feito discursos de defesa do nazismo em grupo de WhatsApp e acabou exposto nas redes sociais.

“Minha opinião sobre o nazismo que surgiu no entre guerras é super favorável… Ritler (SIC) tinha razão, tem classe superior e classe inferior, por exemplo aqueles que votaram em Lula são inferior (SIC). O arianismo está em voga”, escreveu o professor de História. Minutos depois soltou a pérola: “Hitler foi melhor que Jesus, pelo menos expurgou o que não prestava (…) Se nós tivéssemos Hitler como governo não seríamos o país de idiotas que somos”.

Quando perguntado se os eleitores de Lula (PT) deveriam ser executados, não pestanejou: “Sem dúvidas, irmão. E eu é que queria ser o cara responsável por expelir o gás”.

Na época, a Secretaria de Estado de Educação (SED) informou ao G1 que o professor ficaria afastado por 60 dias enquanto corria um processo administrativo que apurava sua conduta. Não há maiores informações sobre o desfecho do processo, mas aparentemente, e independente de ter sido ou não punido, o professor parece não ter aprendido nada com o episódio.

 

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