16 de março de 2023 6:47 por Da Redação
No dia 3 de março de 2018, aconteceu em Maceió o terremoto de 2,4 na Escala Ritcher. O estrondo abalou área dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Mutange, mas, repercutiu a mais de 5 km, como no bairro de Cruz das Almas. Os moradores residentes no perímetro alcançado pela subsidência ouviram aterrorizados.
Segundo estudos realizados por geólogos, geofísicos e geotécnicos do Serviço Geológico Nacional (SGB/CPRM), esses bairros e comunidades próximas sofreram abalos resultantes do desequilíbrio provocado (antrópico) pelas cavernas ou minas instaladas pela mineradora Braskem.
As comunidades dos Flexais, Quebradas, Marques de Abrantes e Vila Saem, localizadas entre os bairros de Bebedouro e parte do Sanatório, também sofrendo danos ambientais, têm denunciado a situação de extrema vulnerabilidade na mídia e aguardam soluções. São pessoas, pequenas empresas, sonhos que foram construídos e que foram empurrados para o isolamento.
Afundamentos, rachaduras, lugares sacrificados, vidas desoladas. Moradores de todas as idades foram atingidas e os reflexos de destruição por todos essas regiões são flagrantes. Filmes, documentários, grupos de trabalhos constam nas faculdades e por outras instituições. Estes fatos envolvem todos os maceioenses.
Existem pesquisas, grupos de estudo, movimentos sociais, filmes documentários, livros que tratam do assunto. A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tem trabalhos realizados e outros estudos vem se desenvolvendo.
Danos ambientais, enormes desgastes humanos e os estragos financeiros andam juntos nesse drama social. Famílias desoladas aguardam justiça, sem contar que muitos não resistiram todas as formas de abalos.