19 de março de 2023 3:47 por Da Redação
Além do prejuízo causado pelo “ilhamento social” provocado após o esvaziamento dos bairros circunvizinhos, a comunidade dos flexais convivem com a falta de segurança. Nesse fim de semana, um morador da região foi ferido a coronhadas na cabeça e levou chutes durante assalto em um ponto de ônibus.
Os assaltantes estavam em uma motocicleta quando abordaram as vítimas, que não tinham a quem recorrer. “O cara foi mandar chamar o pessoal da Braskem, que fica de moto fazendo rondas. Eles disseram que não iam não, para não serem assaltados também. Aí, estão colocando câmeras aqui e lá no Flexal de Baixo. São câmeras para vigiar a população porque não servem de nada”, disse o vizinho da vítima ferida ao 082 Notícias.
Segundo ele, esse não é o primeiro assalto que acontece na localidade, que já foi alvo de arrastão, em frente ao Parque da Lagoa, onde é feito o cadastro da população. “Os guardas que tomam conta do patrimônio da Braskem estavam lá e sequer se mexeram. A situação está se tornando cada vez pior”, destacou.
Em seu relato, a vítima conta que os dois suspeitos cercaram e roubaram o celular de uma mulher. Em seguida, subiram pela estação de trem e assaltaram o grupo de pessoas em que ele estava.
“Levaram tudo! As bolsas das mulheres. Conseguimos achar uma bolsa ainda, mas ela estava limpa, tiraram o celular e tudo. Eles foram muito agressivos, me deram chutes e coronhadas e partiram com destino à (Chã da) Jaqueira. Eles vieram da Jaqueira e voltaram ara a Jaqueira”, revelou, a fazer um desabafo: “esses guardas aqui não servem para nada. São só de enfeite”.
Os flexais estão ilhados após cinco bairros de Maceió terem ido esvaziados por conta da mineração de sal-gema da Braskem. A maior tragédia socioambiental em área urbana do mundo terminou com a realocação de cerca de 60 mil pessoas, além da perda de milhares de negócios e empregos.
1 Comentário
Nós estamos sem justiça, ela come o silêncio de todo mundo.