sexta-feira 1 de novembro de 2024

Senador Renan Calheiros se reúne com vítimas da Braskem

Parlamentar promete tentar barrar venda da empresa caso vítimas não sejam ressarcidas

6 de abril de 2023 10:29 por Da Redação

Foto: Instagram/MUVB

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu, ontem (5), representantes das vítimas da Braskem na sede do MDB, no bairro de Jatiúca, em Maceió. Participaram do encontro o defensor público Ricardo Melro, o advogado Carlos Lima, representando a OAB Alagoas, além de pesquisadores e professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), Associação dos Empreendedores do Pinheiro e região afetada, lideranças dos Flexais, Marquês de Abrantes e Pinheiro relataram ao senador Renan Calheiros toda a problemática em torno do crime socioambiental da Braskem. Eles também apresentaram propostas de acordo, que tem como prioridades:

1) Indenizações justas aos moradores e empreendedores afetados;

2) a grave situação dos moradores dos Flexais, Quebradas, Marquês de Abrantes e Vila Saem que necessitam serem realocados e indenizados;

3) a situação dos afetados na área de borda do Mapa de Risco que não receberam nenhuma reparação pelos danos causados pela Braskem;

4) o futuro das áreas afetadas pelo afundamento do solo;

5) a situação que envolve o cemitério Santo Antônio, localizado em Bebedouro, e onde as famílias foram lesadas perdendo os seus jazigos e não tem mais onde sepultar seus mortos.

A entrada do senador Renan Calheiros na defesa das vítimas da Braskem amplia a discussão sobre o assunto, que agora chega à esfera federal, no exato momento em que está sendo discutida a venda da Braskem.

O senador declarou que se reuniu com moradores, representantes de associações dos bairros afetados e a Defensoria Pública “para ouvi-los e nos organizar para quantificar os danos e vamos na sequência fazer o encaminhamento ao Ministério Público e tentar sugeri algum encaminhamento que possa barrar essa movimentação acionária”.

O empresário Alexandre Sampaio, que esteve presente na reunião, destacou que a Braskem não respeito as diretrizes sobre remoção forçada estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ONU estabelece o valor de U$ 80 mil por vítima.

O procurador do Trabalho Cassio Araújo, uma das vítimas da Brakem, declarou: “A Braskem não pode ter lucro do prejuízo que causou a cidade e as pessoas. Isso é um acinte à cidade e às vítimas”.

O alcance da tragédia ultrapassa ao que está circunscrito aos bairros. Está nas bordas do Mapa de Risco, que também sofreu com o afundamento do solo provocado pela mineração de sal-gema, como destava o empresário Alexandre Sampaio. “Um exemplo são os moradores e empreendedores que estão na Rua Belo Horizonte e no Farol, que hoje não conseguem vender os seus imóveis porque perderam valor comercial. Empresas do entorno fecharam. Fora a situação dos Flexais e demais comunidades em isolamento socioeconômico”, finalizou.

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1 Comentário

  • Com todo o respeito que tenho ao ilustre Senador Renan Calheiros,vejo com estranheza esse seu pronunciamento sobre os danos sociais, patrimoniais e ambientais, provocados à Maceió pela empresa Braskem, pois considero um tanto tardia a manifestação do Senador. Desde o início dessa tragédia, quando a Braskem – que negava ter responsabilidade quanto ao afundamento do solo na região afetada – enfim, confessou a sua culpabilidade quanto ao desastre, houve um silêncio e muitas vezes, omissão de muitas autoridades públicas, entre elas o ex-Governador Renan Filho ( filho do Senador), o ex-Prefeito Rui Palmeira e o atual Prefeito JHC, e a grande maioria dos políticos alagoanos como também do Poder Judiciário estadual, apesar, convenhamos, de caso em tela se tratar do maior acidente geológico desse tipo a atingir uma cidade no planeta.Afinal há mais de 6 anos que em nossa capital foi iniciado um processo se desmonte de 4 bairros dos mais antigos da capital, que afetou milhares de pessoas que deles foram expulsas e, além disso, prejudicou seriamente a mobilidade urbana – ruas e avenidas foram desativadas, ficando perdidas as suas infraestruras, como também ficou destruída a economia local. Bom, embora tardio, não deixa de ser importante esse tipo de posicionamento, cobrando pelos devidos ressarcimentos à cidade pelos pavorosas estragos. Espero que outras vozes surjam em defesa de Maceió e de milhares de seus cidadãos que tiveram suas vidas prejudicadas fortemente e que durante todo esse imbróglio não tiveram muitas vozes em seu favor. De concreto, sei que à empresa causadora de todo esse trauma, caberá ainda responder por muito mais indenizações do que o fez até agora. Os alagoanos conscientes e justos exigem que isso aconteça e sem demora!

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