No programa Ufal e Sociedade que será veiculado a partir desta segunda-feira (10), a professora Verônica de Medeiros Alves, da Escola de Enfermagem, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), fala sobre uma pesquisa realizada pela estudante do mestrado, Priscilla Souza dos Santos, para identificar o adoecimento mental das pessoas vítimas da instabilidade do solo nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro em Maceió, Alagoas.
A pesquisa iniciada em agosto do ano passado se propõe a levantar os transtornos mentais comuns em pessoas que foram abaladas pela situação provocada pela subsidência dos bairros, que afetou aspectos como convivência comunitária, rotina nos bairros, laços de amizade na vizinhança e todo o histórico dessas pessoas, algumas delas, moradoras há 4 décadas ou mais nessas localidades.
Verônica narra, durante a entrevista, o quadro de adoecimento de algumas das pessoas acompanhadas na pesquisa e destaca que a importância deste estudo é dar visibilidade ao sofrimento, muitas vezes silencioso, dos moradores, além de subsidiar políticas públicas e intervenções de enfermagem que amenizem o sofrimento mental a médio e longo prazo nessa população.
O formulário, divulgado em agosto de 2022, ainda está em aberto e pode ser respondido pelas vítimas do crime socioambiental, tanto as que tiveram que se mudar, quanto as que ainda permanecem em comunidades isoladas, nos Flexais e na rua Marquês de Abrantes. “Os riscos decorrentes da participação na pesquisa estão atrelados a questões de cunho emocional na medida em que são expostos a expressarem as percepções acerca de necessidades relacionadas à saúde mental”, pondera a coordenadora da pesquisa.
Nesses casos, se for necessário algum tipo de ajuda para seu estado emocional, o participante poderá entrar em contato para orientações. ”Caso seja identificada a necessidade de acompanhamento psicossocial, o participante será encaminhado aos serviços de saúde mental fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e Centro de Acolhimento e Triagem no Pinheiro”, orienta a pesquisadora.
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Fonte: Ascom Ufal