A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) orienta sobre como se prevenir, diagnosticar e tratar a patologia transmitida pelo inseto conhecido popularmente como “barbeiro”, que ao picar uma pessoa, deposita suas fezes no ferimento, que contêm o protozoário denominado Trypanosoma cruzi.
A doença, que causa insuficiência cardíaca e problemas digestivos como megacólon e megaesôfago, também pode ser transmitida de outras formas. Além da mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele, as fezes do barbeiro podem penetrar, atingir a corrente sanguínea e desencadear o problema.
Segundo o responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas, Renan Souza, o “barbeiro” é comumente encontrado em casas de taipa, pau-a-pique e madeira. “O inseto pode se esconder em frestas na parede, por isso é importante que o ambiente seja sempre limpo e sem entulho, e que as paredes sejam rebocadas, especialmente a parte interna da casa”, destaca.
Renan Souza esclarece ainda ser importante que o inseto seja capturado e levado para os postos de saúde para que sejam realizados testes acerca da contaminação. “É sempre importante saber se o ‘barbeiro’ estava infectado e se era realmente transmissor da doença de Chagas”, ressalta. Ele lembra que o último caso da patologia registrado em Alagoas ocorreu em 2020.
Em 54 dos 102 municípios alagoanos há o registro da presença do agente transmissor da doença de Chagas. “As cidades localizadas no Agreste, Zona da Mata e Sertão possuem registros do inseto. As demais localidades também sofrem monitoramento constante, caso seja registrado a aparição do inseto”, explica Renan Souza.
Sintomas e Tratamento
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas salienta que os principais sintomas da patologia na fase aguda são a ocorrência de febre, mal-estar, falta de apetite, inchaços das pálpebras ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Mas frequentemente eles são confundidos com outros problemas, quando não há o diagnóstico. Já na fase crônica, os pacientes têm o comprometimento do coração e do aparelho digestivo.
Em Alagoas os dois centros de referências para o tratamento da doença de Chagas são o Hospital Universitário (HU) e o PAM (Posto de Atendimento Médico) Salgadinho, ambos na capital. Todos os medicamentos e tratamentos são assegurados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e enviados pelo Ministério da Saúde (MS).
Fonte: Agência Alagoas