quarta-feira 15 de janeiro de 2025

1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais

Os atos deste ano serão pelo fim da atual política de juros do Banco Central, redefinição do papel da Petrobras e mais investimentos em infraestrutura econômica e social
Abertura da Conclat, realizada em abril de 2022 | Roberto Parizotti/CUT

Por Nivaldo Santanado portal Vermelho

O 1º de maio é a data magna da luta dos trabalhadores. A homenagem aos mártires de Chicago, operários condenados à morte por realizarem uma greve por redução da jornada de trabalho, em 1886, originou a celebração desse dia em todo o mundo.

No Brasil, a primeira comemoração do 1º de Maio foi em 1892, em Porto Alegre, um ano depois da decisão da Segunda Internacional Socialista sacramentar esta data como o Dia Internacional dos Trabalhadores.

Neste ano, o ato das Centrais Sindicais terá como centro a luta pela revogação dos marcos regressivos das reformas trabalhista e previdenciária e mobilização em defesa do emprego, da renda, dos direitos e da democracia.

Essa luta é continuidade da pauta aprovada na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em 7 de abril de 2022 e que foi em boa medida incorporada nas Diretrizes de Reconstrução e Transformação Nacional do agora presidente Lula.

Essa pauta ganhou um importante impulso a partir de uma plenária do presidente Lula com a presença de 500 lideranças sindicais de todo o país, realizada no Palácio do Planalto, no dia 18 de janeiro deste ano.

Nesta plenária, Lula aprovou a criação de três grupos de trabalho para tratar da política de valorização do salário mínimo, da regulamentação do trabalho com aplicativos e de medidas para fortalecer a negociação coletiva e a organização sindical.

Na área trabalhista, além desses grupos de trabalho, o governo Lula reajustou o salário dos funcionários públicos federais em 9% e enviou projeto à Câmara Federal abrindo crédito especial de R$ 7,2 bilhões para garantir o piso salarial dos enfermeiros.

Essas medidas iniciais são positivas, vêm ao encontro das demandas do movimento sindical e inauguram um novo período nas relações do sindicalismo com o governo federal.

Na convocatória do 1º de Maio, as centrais afirmam que é preciso virar a página de “um dos períodos mais difíceis da história recente do Brasil, com ataques à classe trabalhadora, à economia, aos direitos, à democracia e à soberania”.

Nos atos deste ano, os trabalhadores reafirmam a defesa de um novo rumo para o país, fim da atual política de juros do Banco Central, redefinição do papel da Petrobras e mais investimentos em infraestrutura econômica e social.

Essa agenda precisa de um Estado comprometido com desenvolvimento, valorização do trabalho, geração de empregos de qualidade; um Estado promotor da indústria e de mais investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

Neste momento de viragem política do país, as manifestações de 1º de Maio reforçam a unidade e a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores brasileiros! Viva o Dia Internacional dos Trabalhadores!

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