26 de abril de 2023 1:42 por Da Redação
Nem no final da vida as vítimas da Braskem encontram paz. Falecido no último domingo, 23, o morador do Flexal de Baixo Ery Feitosa somente foi sepultado nesta quarta-feira, 26, no Cemitério São José.
A família dele possui jazigo no Cemitério Santo Antônio, no bairro de Bebedouro, e enfrentou o mesmo transtorno de outras famílias que não puderam enterrar seus entes queridos em Bebedouro, porque o Santo Antônio está interditado há mais de dois anos para sepultamentos devido ao afundamento do solo da região provocado pela mineração da Braskem.
Outro agravante é que o Cemitério São José já está superlotado, assim como os demais cemitérios públicos de Maceió. A maior tragédia socioambiental do mundo em área urbana contribui para o colapso do serviço funerário municipal.
“Os munícipes hoje são sepultados em covas rasas cobertas por areia nos passeios públicos dos Cemitérios São José e Nossa Senhora da Piedade. Isso é aviltante! As famílias que possuem jazigo no Cemitério Santo Antônio foram lesadas pela Braskem e esperam até hoje pela reparação por mais esse dano. A situação é crítica e precisamos de respostas urgentes!! Não podemos aceitar tamanho descaso e o desrespeito!”, destaca o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) nas redes sociais.