2 de maio de 2023 4:22 por Da Redação
A Assembleia legislativa de Alagoas deverá realizar uma audiência pública para dar continuidade ao debate sobre segurança nas escolas públicas estaduais. A proposta foi apresentada há uma semana, pelo deputado Lelo Maia (UB), durante reunião da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública (CDHSP) com representantes da Comissão de Direitos Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL).
O parlamentar propôs que sejam convidados para esse debate a Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), as secretarias estaduais de Educação, Segurança Pública e Prevenção a Violência, os sindicatos de escolas particulares e públicas e a OAB/AL.
Segundo Lelo Maia, ainda existem medidas a serem tomadas a curto, médio e longo prazos para que o poder publique seja eficiente na garantia da segurança nas escolas.
Na reunião da CDHSP, realizada no dia 25 de abril último, a secretária-geral da Comissão de Direitos Sociais da OAB/AL, Emília Argolo, apresentou sugestões nesta direção. Para a Ordem, além de medidas práticas, a situação exige orientação psicológica. Por isso, uma das propostas é a realização de concurso público para psicólogos, e a organização de projeto psicossocial de acompanhamento das comunidades escolares, com ênfase no combate a ansiedade.
Aliado a essa orientação, foram incluídas sugestões como a presença de porteiros em todas as instituições de ensino; portas com detector de metais; contratação de vigias; e a instalação de botões de alerta entre escolas e as guardas municipais.
“A OAB está se colocando à disposição para que iniciemos uma discussão e um plano de trabalho efetivo para tratar essa situação dentro do Estado”, afirmou dirigente da Ordem dos Advogados.
O Brasil registrou um aumento expressivo no número de casos de violência extrema em escolas. Um levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revela que ocorreram 22 ataques desde 2002. Desse total, mais de um terço ocorreram desde junho do ano passado. O mais recente, o massacre numa escola da rede pública paulista, em março deste ano, chocou o país.
Ameaças
Em Alagoas, no ano passado (2022) pelo menos um caso de ameaça de massacre foi registrado, levando as autoridades a tratarem do assunto com mais seriedade e eficácia.
Um dos exemplos foi a identificação, por policiais da Seção de Crimes Cibernéticos, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), de um adolescente de 14 anos, que havia criado um perfil para fazer ameaças de massacre em um colégio particular, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.
Outro caso registrado em Alagoas, conseqüência da onda de violência em São Paulo, ocorreu em outubro último, no município de Arapiraca. Um adolescente de 17 anos passou horas na frente de uma escola segurando um machado e ameaçando a diretora, até ser contido e desarmado por policiais militares.
A reunião da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública (CDHSP) foi presidida pelo deputado Cabo Bebeto, com a participação dos deputados Delegado Leonam (UB), Mesaque Padilha (UB), deputada Cibele Moura (MDB) e de advogados membros da Comissão de Direitos Sociais da OAB/AL.
Com Assessoria ALE