11 de junho de 2023 12:10 por Geraldo de Majella
O Centro de Maceió foi, no século XX, o ponto de encontro, negócios, lazer e cultural da cidade. A maioria das repartições públicas estava distribuída pelas ruas centrais.
A mais antiga instituição hospitalar, a Santa Casa de Misericórdia, as clínicas, maternidades e consultórios médicos se estabeleceram nesse perímetro.
Tem ainda o Teatro Deodoro, aberto ao público em 1910, os cinemas, sorveterias, bares e lanchonetes, as igrejas que marcam a história da cidade como a catedral Metropolitana, inaugurada em 1859, com a presença dos monarcas, o Imperador Pedro II e Dona Teresa Cristina a Alagoas. Além das igrejas Nossa Senhora do Livramento, Nossa Senhora do Rosário, dos Martírios e São Benedito, que são marcos históricos.
A Rua do Comércio é outro símbolo da cidade, pela importância econômica, social, e por ter sido, durante séculos, ponto de convergência que ligava à região central aos bairros.
O abandono em que se encontra é criminoso, pelo descuido com o patrimônio histórico e a memória da cidade e por ter um efeito colateral que incide, diretamente, na atividade econômica situada na região e que ainda resiste, mas, cada vez mais esvaziada.
A decadência do Centro de Maceió não é assunto tratado como relevante pelas autoridades, não há qualquer plano ou um esboço que seja para preservação e revitalização da área que mais emprega na cidade e que tem potencial turístico completamente desconsiderado.
O processo de agonia por que passa o Centro é, sem meias palavras, criminoso.