23 de abril de 2020 6:56 por Marcos Berillo
A solenidade oficial de posse do novo procurador-geral de justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, acontecerá na próxima semana, numa cerimônia onde somente deverá estar presente o Colégio de Procuradores de Justiça, colegiado responsável por dar posse ao novo procurador-geral de justiça.
O motivo de uma cerimônia tão fechada é a pandemia da Covid-19. A solenidade será transmitida ao vivo pelas mídias sociais do Ministério Público Estadual de Alagoas. A nomeação dele foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (23).
Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que comandará o Ministério Público Estadual (MPAL) durante o biênio 2020/2022, passa a administrar os destinos da instituição após a renúncia de Alfredo Gaspar de Mendonça Neto que, em março último, pediu exoneração do cargo.
“Estou sendo nomeado para conduzir o Ministério Público de Alagoas com o compromisso de seguir fazendo da nossa instituição um instrumento forte de transformação social, de salvaguarda dos direitos previstos na Constituição Federal e de combate à corrupção e aos mais diferentes tipos de crime. Vamos também nos dedicar para aprimorar as estruturas de trabalho dos nossos promotores, procuradores de justiça e servidores, de modo que eles possam continuar dando o seu melhor pela população do nosso estado”, declarou o novo procurador-geral de justiça.
Currículo
Márcio Roberto Tenório de Albuquerque se formou em Direito pelo Cesmac em 1982 e possui especializações em Direito Processual e Direito Penal. Ele ingressou no Ministério Público em 5 de março de 1987 e atuou como promotor de justiça por 23 anos, até ser nomeado procurador de justiça.
Enquanto promotor, iniciou sua carreira na 1ª Promotoria de Justiça de São Miguel dos Campos, na condição de substituto. Depois, passou a ser titular em diversas outras comarcas, a exemplo de Delmiro Gouveia, Água Branca, Cacimbinhas, Maragogi, São José da Laje e Arapiraca.
Em Maceió, Márcio Roberto ficou 10 anos no Tribunal do Júri. E foi lá que ele ganhou destaque em duas atuações. Na primeira, participou das investigações sobre a morte da então deputada federal Ceci Cunha, desde a fase do inquérito policial até a propositura da ação penal contra os acusados. Foi ele o autor da denúncia contra Talvane Albuquerque, acusado de ser o mentor intelectual da chacina.
Na sequência, investigou e denunciou a Gangue Fardada, que era, à época, comandada pelo então coronel Manoel Cavalcante.
Em 2010, Márcio Roberto ascendeu ao cargo de procurador de justiça e passou a atuar na 4ª Procuradoria de Justiça Criminal. Em 2013, ele foi se tornou corregedor-geral de justiça, cargo que ocupou por dois anos.
Por fim, ele ocupava o cargo de subprocurador-geral administrativo institucional desde 2017, compondo a administração superior na gestão de Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.