23 de agosto de 2023 6:42 por Geraldo de Majella
O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), tem faro poder e quer mantê-lo. Isso é um princípio de vida, não importa se quem esteja na Presidência da República é de direita, extrema-direita ou esquerda. Com Bolsonaro, não se incomodou com arroubos, o aprisionou, domesticando-o como se faz com um potro, figurativamente, mantendo-o com rédea curta.
A pressão dada por Lira em Lula, no início tangenciada, consistiu em críticas diretas, na intenção de desestabilizar os assessores próximos de Lula que cuidam da articulação política e institucional. Um jogo manjado para quem é do meio político. Não surtiu o efeito esperado, afinal, Lula é um ser político por essência e o tempo o ensinou a manobrar as armas que dispõe no exercício do cargo de presidente da República.
A mais nova investida de Arthur Lira foi retardar a votação da proposta do arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, e é uma das pautas prioritárias da equipe econômica no Congresso Nacional, aprovada ontem (22) pela Câmara.
A habilidade do presidente Lula é um anteparo que poucos políticos têm e a tendência é a política econômica do governo se consolidar com a criação de postos de trabalho, os programas sociais cada vez mais serem ampliados e o inevitável acontecer: aumento na popularidade, o que de fato vem ocorrendo, segundo as pesquisas de opinião divulgadas.
As tentativas de emparedar o governo vêm sendo dribladas com avanços na formação da base de sustentação no Congresso Nacional que possa deixar o governo respirar sem coação e chantagens.
O melhor e mais eficaz medicamento que não tem contraindicação: é crescimento econômico, consolidação das políticas públicas e programas sociais de transferência de renda e aumento da aprovação do governo com a popularidade do presidente. Essa é a receita e a estratégia do governo.
A redução das áreas de atritos tem sido alcançada e as vitórias do presidente Lula tem compartilhado com os deputados e senadores.
Arthur Lira ainda continua com o anabolizante injetado em suas veias por Bolsonaro. O efeito vai sendo dissipado, mas, todo cuidado é pouco. Lira é um elemento perigoso para o governo e para o Brasil.
União e olho vivo!